Auto Defesa

Ciro Gomes afirma que o Brasil tem poucas horas para se proteger do Fascismo

No último dia de campanha antes das eleições, o candidato Ciro Gomes (PDT) afirmou que o Brasil tem poucas horas para se proteger do "fascismo" produzido pelo sentimento anti-PT.

No último dia de campanha antes das eleições, o candidato Ciro Gomes (PDT) afirmou que o Brasil tem poucas horas para se proteger do “fascismo” produzido pelo sentimento anti-PT. Durante carreata em Fortaleza, onde escolheu encerrar as atividades do primeiro turno, o pedetista acenou para o Nordeste, concentrou críticas a Jair Bolsonaro (PSL) e disse não ter mágoas do PT.

Ao avaliar o período eleitoral, Ciro disse que o país vive um “desastre social e econômico”, mas o que ganhou destaque foi a “confrontação odienta”. “O voto não é uma ferramenta de ódio. É uma ferramenta de construção. Evidente que há mil razões para o povo brasileiro protestar, a política tradicional está falhando miseravelmente, mas o ódio sem causa só vira violência, só vira isso que estamos assistindo no Brasil”, opinou.

Evitando falar da relação com o PT, cujo candidato Fernando Haddad aparece no segundo lugar nas pesquisas, Ciro se limitou a dizer que não há mágoas pelo partido, mesmo após as manobras para isolá-lo na disputa.

Ele, no entanto, fez críticas a Jair Bolsonaro, ligando-o à violência e pondo em xeque a experiência do candidato do PSL. “Além de ser um despreparado que nunca administrou nem um botequim dos pequenos, ele não tem humanidade. Representa a segregação, o preconceito, a violência, tudo de atrasado que no passado deu no flagelo nazifascista”, afrontou o pedetista.

Durante três horas, Ciro percorreu bairros da periferia de Fortaleza em carro aberto, ao lado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que tenta reeleição no Estado e divide a agenda de campanha entre atos a favor de Haddad e Ciro.

Sem avançar nas pesquisas, Gomes ocupa a terceira posição na disputa não variando além dos 10% dos votos. Ele, porém, demonstrou confiança no que chama de “virada” e, para isso, mira no Nordeste. “A grande tarefa do meu projeto é superar as desigualdades e a miséria. E a miséria do Brasil tem endereço, está na periferia das grandes cidades e no Nordeste brasileiro. Eu tenho que proteger meu povo porque é daqui que eu venho”, disse antes de sair para a carreata.

O último ato de campanha de Ciro foi à tarde em Sobral, a 234 km de Fortaleza. Reduto dos Ferreira Gomes, a cidade foi escolhida por ele para encerrar a campanha em caminhada.

Fonte: Valor Econômico
Créditos: Rômulo Costa