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Celular é achado dentro da cela de deputado em presídio

Vistoria foi realizada por agentes do Iapen no sábado (10), em Macapá. Em dezembro de 2017 outro aparelho foi encontrado pelo Ministério Público do Estado

Um aparelho celular foi encontrado novamente na cela do deputado Moisés Souza, no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). A direção do órgão informou que o aparelho foi achado por agentes, durante vistoria de rotina, ocorrida no sábado (10).

A direção do Iapen não informou em que local o celular estava escondido. Disse que será averiguado pelo Conselho Disciplinar do instituto, que foi registrado o boletim de ocorrência e que será instaurado procedimento administrativo para apurar responsabilidades.

“O boletim de ocorrência interno foi feito após a revista. O processo pode resultar em penalidades administrativas e até judiciais, se assim entender a Justiça”, explicou o diretor do Iapen, Lucivaldo Costa.

O caso se repete após apenas três meses do último celular encontrado em dezembro de 2017 na cela do deputado, durante revista do Ministério Público do Estado. Nesse, o aparelho estava camuflado dentro de um livro de matemática.

Procurado, o advogado de Moisés Souza, Inocêncio Martires, disse que ainda não tinha conhecimento sobre o ocorrido, mas adiantou que não vai tomar procedimentos.

“Não tenho conhecimento, mas acesso de aparelhos telefônicos no presídio é assunto interno da administração do Iapen. Se existiu erro foi do Iapen, que deixou entrar o aparelho”, disse o advogado.

O parlamentar está preso desde novembro de 2016. Ele cumpre pena de 13 anos e 4 meses por crimes de corrupção decorrentes de ação da operação Eclésia.

Ao longo do tempo em que está no presídio, o deputado figurou em várias polêmicas: se envolvendo num acidente de trânsito e sendo encontrado com celulares na cela. Moisés passou parte da pena em prisão domiciliar, condição que foi revogada em novembro, após descumprimento do regime.

Além de Moisés, foram condenados no processo oriundo da operação Eclésia, o ex-deputado Edinho Duarte, o ex-servidor legislativo Edmundo Tork, ambos presos, além dos empresários Marcel e Manuela Bitencourt, que tiveram os pedidos de pena domiciliar atendidos pela Justiça.

Os cinco foram condenados em agosto de 2016 por conta de um contrato fraudulento com a empresa de propriedade de Marcel e Manuela Bittencourt. O serviço nunca realizado seria para a prestação de consultoria técnica, na época em que Moisés Souza era o presidente da Alap e Edinho Duarte o 1º secretário.

Fonte: G1
Créditos: G1