Governadores de vários estados do Brasil reagiram às bravatas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação ao preço dos combustíveis.

“Eu zero o [imposto] federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito. Tá ok?”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (5).

​A proposta não foi bem recebida nos estados.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) qualificou a proposta de irresponsável.

“Se o presidente Jair Bolsonaro convidar os governadores  para um diálogo franco, aberto, tecnicamente robusto, os governadores, provavelmente, aceitarão este diálogo. Mas a imposição aos governadores dos estados brasileiros de que cabe a eles a responsabilidade da redução do ICMS e, consequentemente, do combustível, é uma atitude populista e, ao meu ver, pouco responsável”, afirmou Doria.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também criticou a posição do presidente.

“Sou a favor da redução de impostos. Mas não sou irresponsável. Peguei um estado quebrado, com rombo de R$ 34,5 bilhões. Nesse momento, Minas não pode abrir mão de arrecadação. É triste, mas a realidade é essa”, disse ele em seu perfil no Twitter.

Por meio de nota, o governador do Maranhão, de Flávio Dino (PC do B), disse que aguarda deliberação do Congresso Nacional diante da proposta do governo Bolsonaro para reforma tributária no Brasil.

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