aliança não foi selada

Afif Domingos acusa Alckmin de perseguição e nega aliança com tucano

O pré-candidato pelo PSD disse que partido precisa ter bandeira própria nas eleições para ajudar ampliar a vitória de deputados e senadores.

Pré-candidato à Presidência da República pelo PSD, Guilherme Afif Domingos, confirmou, em entrevista ao Metrópoles, que manterá sua candidatura ao cargo apesar das tentativas do PSDB de selar uma aliança com seu partido para a eleição nacional. Ele também criticou fortemente o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin. “Ele sempre perseguiu”, disse.

Confira a entrevista:

Afif relembrou a época em que foi chamado para ser vice-governador na chapa de Alckmin nas eleições de 2010. Logo no início do governo tucano, ele foi nomeado secretário estadual de Desenvolvimento, mas foi demitido quatro meses depois ao anunciar sua desfiliação do DEM para integrar a fundação do PSD, junto com Gilberto Kassab. “Desde essa época, quando ele me demitiu, Alckmin passou a me perseguir”, disse.

Sobre uma possível aliança para as eleições majoritárias de 2018, Afif foi enfático: “Agora que ele é candidato, tão candidamente se volta para olhar um no olho do outro. Isso não é política”.

Afif alfinetou Alckmin ao dizer que ele não consegue alavancar sua candidatura nem mesmo em São Paulo, sua base eleitoral. “A campanha nacional tem que ter personalidade própria e o candidato pelo qual estão optando não tem um desempenho ótimo. Aliás, está com dificuldades em São Paulo. Acho que o povo de lá enjoou”, disse.

O pré-candidato rejeitou qualquer tese de uma aliança neste sentido e defendeu que o PSD mantenha sua candidatura própria como uma estratégia para aumentar a base parlamentar da legenda no Congresso Nacional.

“Na eleição nacional é importante ter a bandeira do partido. O eleitor gosta de votar na pessoa. E na medida em que você faz uma fusão, você simplesmente desaparece”, disse.

O político, empresário e administrador de origem libanesa é presidente licenciado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Afif, 75 anos, tenta ganhar a confiança do próprio partido. O PSD tem se inclinado a apoiar a candidatura do PSDB à Presidência. Junto com outros cinco pré-candidatos citados, segundo dados da última pesquisa Datafolha (publicada em 11/6), ele não atingiu 1% das intenções de voto. Esta será a sua segunda tentativa de chegar ao Planalto. Em 1989, concorreu pelo Partido Liberal (PL). Com 3,27 milhões de votos, ficou em sexto lugar na disputa.

Fonte: Metrópoles
Créditos: MARIANA HAUBERT / THAYNA SCHUQUEL / SARA ALVES