a não mudança

A mesmice e o marasmo político em Guarabira; quando teremos um novo nome? - Por Adriany Santos

Só quem é do interior vai saber do que estou falando. É aquele mar de pessoas dando cor as ruas da cidade. É um sobe ladeira, desce ladeira, balança a bandeira e ainda tem dancinha coreografada com as músicas da campanha. Grupos de amigos se reúnem na praça central e ligam o paredão. São pessoas fervorosas a defender e brigar pelo seu partido. Tem criança, adolescente, adultos e idosos também. E era assim que acontecia normalmente nos "arrastões" partidários, antes da pandemia.

Só quem é do interior vai saber do que estou falando. É aquele mar de pessoas dando cor as ruas da cidade. É um sobe ladeira, desce ladeira, balança a bandeira e ainda tem dancinha coreografada com as músicas da campanha. Grupos de amigos se reúnem na praça central e ligam o paredão. São pessoas fervorosas a defender e brigar pelo seu partido. Tem criança, adolescente, adultos e idosos também. E era assim que acontecia normalmente nos “arrastões” partidários, antes da pandemia.

Em Guarabira, durante muitos anos, a disputa sempre foi muito acirrada entre o MDB de Roberto Paulino, que por ostentar sua cor vermelha é carinhosamente chamado por seus eleitores de “Rosa Vermelha”.  Já os seus rivais do PSDB tinham no “Gato Preto” Zenóbio Toscano o seu principal nome, líder e cabo eleitoral. Podemos então concluir que a disputa vem quase se resumindo em nível familiar entre os clãs Paulino e Toscano, sem apresentar novidade a quem vai votar.

O casal Toscano, Zenóbio e sua esposa, Léa, administraram Guarabira por quatro mandatos. Ele encerrou o terceiro, e ela foi prefeita uma vez. Já o casal Paulino, Fátima e Roberto somam juntos três mandatos. Ele foi prefeito duas vezes, e ela, uma vez.

Desde o ano 2000 sai Paulino entra Toscano e vice e versa. Já houve algumas tentativas de mudança, como na última eleição de 2016, em que os candidatos Josa da Padaria (PSB) e Belarmino Mariano (PSOL)  entraram na disputa. E mais uma vez Zenóbio Toscano foi quem assumiu a gestão municipal com 47,23% dos votos e logo atrás esteve Fátima Paulino com 34,28%.

Com a definição de alguns dos pré-candidatos a prefeitura municipal de Guarabira para as eleições 2020, os cidadãos guarabirenses se vêm mais uma vez sem muita opção de escolha, mas, ainda há uma luz no fim do túnel. Os pré-candidatos até agora anunciados são, Teotônio Assunção (PDT), Marcus Diogo (PSDB) e Roberto Paulino (MDB).

O advogado Teotônio Assunção teve sua candidatura lançada desde o ano passado, na ocasião pela pela vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), o deputado federal Damião Feliciano (PDT) e o dirigente nacional do partido e ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa.

Representando o PSDB, Marcos Diogo lançou sua pré-candidatura a prefeitura de Guarabira no dia 31 de julho, e contou com o apoio da ex-deputada e presidente do PSDB de Guarabira, Léa Toscano, da deputada estadual Camila Toscano e do deputado federal e presidente do PSDB na Paraíba, Pedro Cunha Lima.

Marcus Diogo era vice-prefeito de Guarabira e assumiu interinamente desde o afastamento por licença médica do titular, Zenóbio Toscano. Após a morte do gestor, foi empossado prefeito titular.

O ex-governador Roberto Paulino foi anunciado no último sábado (15), como pré-candidato a prefeito de Guarabira pelo MDB. O anúncio foi feito por seu filho, Raniery Paulino, durante evento na modalidade drive-in, no estacionamento do shopping Cidade Luz.

Passar por uma mudança social, cultural e política não é fácil, mas nem sempre as ações daqueles que colocamos no poder, terão o intuito de beneficiar todas as partes da sociedade de forma igual. Precisamos estar abertos a mudanças. Tentar o novo. Dá uma chance para alguém tentar fazer melhor. Eu mesma estou cansada da mesmice e do marasmo político de Guarabira, e a cada quatro anos fico me perguntando, “quando teremos um nome novo?”.

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos