mais velha tem 12

Presidiário abusava sexualmente três enteadas dentro do presídio em João Pessoa; mãe denunciou crimes

Filha mais velha, de 12 anos, sofria os abusos desde os oito anos, quando ia visitar o padrasto no presídio.

Uma mãe denunciou o ex-companheiro por ter abusado sexualmente das três filhas dela. Ela procurou a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude de João Pessoa, no sábado (5). O suspeito, que cumpre pena no regime semiaberto por roubo e homicídio, teve o direito temporariamente negado de sair da penitenciária, nesta segunda-feira (7).

Segundo depoimento da mãe, a filha mais velha, de 12 anos, sofria os abusos desde os oito anos, quando ia visitar o padrasto na prisão, ainda no regime fechado. Além dela, outras duas também foram abusadas. A mãe contou que elas estão com depressão e não conseguem dormir.

O caso só foi descoberto porque as filhas conversaram entre si e decidiram contar à mãe. Ainda segundo a mãe das crianças, não houve penetração durante o abuso. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e Juventude.

Presídio Desembargador Flóscolo da Nóbrega, no bairro do Roger, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

A delegada responsável pela investigação disse ter solicitado urgência para impedir que ele saia da penitenciária nos próximos dias devido ao benefício do regime semiaberto. Também foi solicitada uma medida protetiva para a mãe e as filhas dela.

A psicóloga Renata Toscano alerta que é comum que as vítimas não contem que sofrem abusos sexuais em casa ou na rua. “Esssa repressão é uma forma de defesa porque acredita-se que com quem a vítima vá falar não vão acreditar, porque geralmente o abusador é alguém muito próximo da vítima e dos familiares. Então se a vítima externa o ocorrido pra algúem, essa pessoa pode impor dúvidas no relato e a vítima pode sair como mentirosa” explica Renata Toscano.

Segundo a especialista, é preciso ficar atento a mudanças de comportamento, pois as crianças podem ficar mais introspectivas. Ela também recomenda prestar atenção nos processos físicos como corrimento, secreção ou até mesmo sangramentos. “Isso em casos mais avançados, porque o abuso acontece desde um toque, uma carícia e até mesmo de palavras verbalizadas” esclarece Renata.

Fonte: G1
Créditos: G1