Empresa fantasma

OPERAÇÃO FAMINTOS: Gestão de Romero Rodrigues é obrigada a enviar contratos com empresas fantasma que recebeu mais de R$12 milhões

Uma das empresas investigadas na Operação Famintos, que apura desvios de recursos na Orcrim da merenda escolar em Campina Grande, está registrada em um endereço onde existe apenas um terreno baldio. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a Delmira Feliciano Gomes ME recebeu, de 2013 a 2019, mais de R$ 12 milhões da prefeitura da cidade. Ainda sobre esse tema a Polícia Federal encaminhou ofício a Prefeitura Municipal de Campina Grande, mas especificadamente a presidência da Comissão Permanente de Licitação (CPL), no último dia 29.08.2019 para que enviasse aos autos do Inquérito Policial n° 119/2018 DPF/CGE/PB, todos os documentos sobre contratos da empresa com a gestão do prefeito de Campina Romero Rodrigues.

O endereço registrado da suposta empresa fantasma Delmira Feliciano Gomes ME é na rua Doutor Antônio Bezerra Camboim, número 802, bairro Nova Brasília. Ao invés de uma empresa, existe um terreno rodeado de casas simples, lama e matagal. O registro foi feita por uma equipe do Jornal da Paraíba.

Segundo o MPF, a empresa Delmira Feliciano Gomes ME, na qual a proprietária tem o mesmo nome, venceu 18 licitações para fornecimento de merenda escolar no município, porém um homem identificado como Frederico de Brito Lira que comandava de fato a empresa. A investigação também afirma que o empreendimento não tinha funcionários.

A pessoa Delmira Feliciano Gomes nunca existiu. Foram criados documentos fictícios para abertura do negócio, que movimentou R$ 18 milhões entre 2013 a 2016. Há registros no Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos quais essa empresa venceu licitações também em outros municípios.

“Ocorre que, durante a presente investigação foi descoberto que a Delmira Feliciano Gomes ME é “empresa de fachada” e que a concorrência das licitações que ela venceu foi fraudada, além de que grande parte do volume do dinheiro que recebeu foi proveniente de serviços não prestados”, diz a procuradora Acácia Soares Peixoto Suassuna no pedido de prisão dos investigados.

No oficio da PF encaminhado à PMCG a polícia cobra todos os documentos referentes ao contrato da Delmira Feliciano Gomes ME, CNPJ N° 17.512.503/0001.49 referentes ao Processo licitatório de Dispensa de n°20609/2014.

Fonte: G1 PB
Créditos: Polêmica Paraíba