Reincidente

Mulher é presa pela 10ª vez acusada de exercício ilegal de medicina -VEJA VÍDEO

Uma mulher suspeita de praticar a medicina sem diploma e sem registro profissional foi presa na noite de quarta-feira (20/12) pela Polícia Civil do Distrito Federal. 

Segundo a Polícia Civil, a suspeita tinha acesso a medicamentos de tarja preta e chegou a cobrar R$ 13 mil por um falso tratamento de infertilidade

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Uma mulher suspeita de praticar a medicina sem diploma e sem registro profissional foi presa na noite de quarta-feira (20/12) pela Polícia Civil do Distrito Federal. Renatha Thereza Campos dos Santos, 35 anos, estava em casa, em Taguatinga Norte, quando foi abordada pela polícia. Essa é a décima vez que ela é detida acusada do mesmo crime. Suas passagens pela polícia se iniciaram em 2011.

Renatha Thereza foi encaminhada à 19ª Delegacia de Polícia (Setor P Norte – Ceilândia). Segundo a Polícia Civil, ela havia chegado de viagem de São Paulo e alegou aos agentes que estava em tratamento de câncer.

Desde agosto, a polícia investiga a atuação da mulher. Na época, medicamentos de tarja preta, como morfina, foram apreendidos na residência dela. Na ocasião, a suspeita assinou termo circustanciado e foi liberada.

“Ficou bem claro que ela fazia dessas atuações sua forma de vida. Então, os remédios apreendidos foram encaminhados para a criminalística para avaliação. Como, de fato, eram de tarja preta, pudemos expedir um novo mandado de prisão, pela aplicação de medicação restrita”, explica o delegado Fernando Fernandes, da 19ª DP.

Segundo Fernandes, ela vai responder pelos crimes de falso exercício da medicina, estelionato e aplicação de medicação de uso restrito. Apenas pelo último crime, Renatha, se condeanda, pode pegar de 10 a 15 anos de prisão. Ela foi encaminhada para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.

Servidores públicos sob suspeita
O caso levou à investigação de servidores públicos suspeitos de ajudá-la, conta Fernandes: “Acreditamos que ela não agia sozinha, até pela facilidade que ela conseguia os medicamentos, que não são vendidos em farmácia. Ela nos deu dois nomes de servidores da rede pública hospitalar e iremos averiguar a participação deles”.

Ainda de acordo com o delegado, Renatha atendia na residência dos clientes e até mesmo em hospitais das redes públicas e privadas. Ela já teria se passado, segundo as investigações, por oncologista, dermatologista, ortopedista, ginecologista, embriologista e clínica geral. O delegado conta que ela chegou a cobrar R$ 13 mil por tratamento de fertilidade e que mudava constantemente de telefone para não ser encontrada depois pelos pacientes enganados.

Na delegacia, testemunhas prestaram depoimento sobre as ações de Renatha. “Após ela ser presa, chegaram outras denúnicas. Uma delas é de que ela fazia vendas fantasmas de cooperativas habitacionias”, explica Fernandes. Ela cobraria por esses serviços de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil.

https://youtu.be/tQgXNJM2jPk

Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Correio Braziliense