Caso Marielle

Procurador-geral de Justiça afirma não ter dúvidas que assassinato de Marielle teve participação do crime organizado

Gussem ressaltou a importância de ter sido o mais votado da lista tríplice das eleições do MP:

Durante a sua recondução ao cargo, o procurador-geral de Justiça Eduardo Gussem afirmou que não tem dúvidas sobre a participação do crime organizado no assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

– A omissão estatal com a leniência de autoridades públicas propiciaram que se implantasse o terror e o medo na sociedade. E ameaça às autoridades é uma afronta. A morte de Marielle e Anderson está relacionada às organizações criminosas – alertou o procurador-geral em seu discurso. Espero que o ataque à deputada Martha Rocha não seja mais um triste capítulo para ficar gravado na história – completou.

Gussem ressaltou a importância de ter sido o mais votado da lista tríplice das eleições do MP:

– A escolha do candidato mais votado mostra que a instituição está livre de influências externas . A carta magna dá amplos poderes de investigação para o MP. Fazemos uma mea-culpa com a população quando não fomos tão eficientes, mas vamos levar nosso esforço a todos os limites que se façam necessários. O MP atuará com eficiência – prometeu.

– A corrupção, as milícias e o crime organizado matam a curto, médio e longo prazo. As consequências da criminalidade vão se acumulando em espiral ascendente e sem fim – disse Gussem.

Uma das promessas do procurador-geral será adotar tecnologia e aperfeiçoar os mecanismos já existentes.

Witzel promete programa rigoroso

O governador Wilson Witzel voltou a chamar de terrorismo as ações praticadas por narcotraficantes no estado. Segundo ele, a ação contra Martha Rocha é mais um exemplo disso. Ele comentou ainda os problemas no funcionamento de outros serviços estaduais.

– Eu peço licença para dizer em jargão jurídico. Não há do que discordarmos. Renunciei um cargo de juiz tão desejado. Abdiquei do sonho porque achei que era o momento de trazer dignidade aí estado. Eleito pelo povo, me sinto com a obrigação disso. A saúde está sendo desmontada por uma organização criminosa. Sejamos severos nos gastos públicos. Vamos ter que contingenciar R$ 12 bilhões. O meu secretariado está com o compromisso de estabelecer um programa rigoroso – afirmou Witzel.

O governador falou também do fim da Secretaria de Segurança:

– O modelo anterior não satisfazia aos anseios da sociedade. A responsabilidade vem com a cobrança. Caberá rigor na fiscalização da atividade policial. Princípio do check and balance. As duas polícias com o controle externo do MP terão uma relação harmoniosa. Quero simplesmente colaborar.

Milícias

Em mais um de seus pronunciamentos, Witzel não citou as milícias em nenhum momento. O governador falou apenas da corrupção nas polícias:

– Temos querer a grandeza de cortar a própria carne. O fardo é pesado

Fonte: Extra
Créditos: Extra