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POLÊMICA: Mulher é acusada de transmitir estupro ao vivo pelo Periscope

E foi por meio dessa transmissão que o crime foi descoberto: um amigo de Marina assistiu o vídeo e acionou a polícia. Pela acusação, Marina também tirou uma foto nua da vítima na noite anterior ao estupro.

Marina Lonina teria filmado seu namorado abusar de uma adolescente de 17 anos
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Marina Lonina, de 18 anos, é acusada de ter transmitido seu namorado estuprando uma menor de idade pelo Periscope –

RIO — A americana Marina Lonina, de 18 anos, está sendo acusada de ter transmistido ao vivo pela internet um estupro cometido por seu namorado, Raymond Gates, contra uma adolescente de 17 anos. O caso aconteceu no dia 27 de fevereiro, na cidade de Columbus, em Ohio.

Por dia, 40 anos de conteúdo são assistidos na plataforma de streaming do TwitterPeriscope atinge 10 milhões de usuários em apenas quatro meses de existência

Marina está sendo acusada de sequestro, estupro, agressão sexual e abuso sexual de menores. A condenação pode chegar a 40 anos de prisão. A defesa nega as acusações.

O que chama a atenção nesse caso é o uso da tecnologia de transmissão de vídeos ao vivo, que há poucos anos era usada apenas por emissoras com caros equipamentos. De acordo com a acusação, Marina usou o aplicativo Periscope e fez o streaming do crime cometido por Gates.

E foi por meio dessa transmissão que o crime foi descoberto: um amigo de Marina assistiu o vídeo e acionou a polícia. Pela acusação, Marina também tirou uma foto nua da vítima na noite anterior ao estupro.

O uso indevido dos serviços de streaming assusta as companhias de tecnologia, que pouco podem fazer para impedi-lo. O Periscope já foi usado para transmitir outros crimes, como uma mulher que se filmou enquanto dirigia intoxicada e adolescentes que transmitiram um assalto a uma van.

— O volume de conteúdo sendo criado e transmitido todos os dias é muito grande para ser regulado manualmente e sistemas automáticos ainda são imprecisos para serem práticos — disse Joss Wright, do Oxford Internet Institute, à BBC. — Sem dúvidas que a internet tornou esse caso pior para a vítima. Mas assim como outros crimes do mundo real, prevenção nem sempre é possível.

 

Fonte: O GLOBO
Créditos: O GLOBO