bar das coleguinhas

PM corrige informação e diz que fez batida, mas não fechou cabaré criticado por padre em Junco do Seridó

Os policiais informaram, após um longo silêncio, que procuraram informações sobre eventual descumprimento do decreto municipal, mas concluíram que ele não houve.

Os “amantes” do Bar das Coleguinhas, em Junco do Seridó, podem ficar tranquilos. O “cabaré” denunciado pelo padre Luiz Gonzaga, da Paróquia de Santo Onofre, continua aberto. O estabelecimento foi alvo de uma batida policial na última quarta-feira (19), dias após o desabafo do religioso. Ele criticou o fato de a prefeitura ter ameaçado fechar a Igreja por causa do aumento no número de contágios pelo novo Coronavírus. No sermão, ele disse que o estabelecimento religioso não poderia pagar pelo erro dos outros e que até o cabaré voltou a funcionar antes da Igreja.

Polícia fecha cabaré em Junco do Seridó, após padre se queixar durante missa – VEJA VÍDEO

A presença dos policiais, inclusive com a apreensão de uma moto com restrição de roubo, na frente do estabelecimento, fez com que fossem espalhadas informações de que o estabelecimento havia sido fechado. Isso, no entanto, não aconteceu. Os policiais informaram, após um longo silêncio, que procuraram informações sobre eventual descumprimento do decreto municipal, mas concluíram que ele não houve. Disseram que o estabelecimento está funcionando das 19h às 22h, como determina a prefeitura. Este é o horário estabelecido para bares e restaurantes.

Em nota, a Polícia Militar disse que as notícias sobre o fechamento do estabelecimento eram falsas. Eles não deram detalhes sobre o atendimento no Bar das Coleguinhas, relacionado aos riscos de contágio pela Covid-19. O tema ganhou destaque na cidade depois que o padre Luiz Gonzaga, da Paróquia de Santo Onofre, fez um desabafo durante a missa do último domingo (16).

O padre se queixou do aumento do número de casos de contaminações pelo novo Coronavírus na cidade. A queixa dele foi a de que a Prefeitura Municipal de Junco do Seridó vinha cogitando fechar a Igreja. Ele, no entanto, demonstrou indignação, dizendo que o estabelecimento religioso foi o último a ser aberto na cidade. Criticou, também, que até o cabaré estava aberto há muito tempo, assim como os bares.

O padre criticou ainda que as pessoas estão se aglomerando e, com isso, colocando o risco a saúde pública. Luiz Gonzaga alegou, também, que discordava de novo fechamento da Igreja, por entender que ela não poderia ser punida pelo mau comportamento dos outros. A cidade já registrou 57 casos da Covid-19 e três pessoas morreram.

Fonte: Suetoni Souto Maior
Créditos: Suetoni Souto Maior