Alívio

Pessoas perfuradas por agulha no Parque do Povo não estão infectadas, revela médica

A médica infectologista Jacqueline Milfont deu detalhes dos atendimentos realizados nas vítimas de agulhas durante o São João de Campina Grande

A médica infectologista Jacqueline Milfont deu detalhes dos atendimentos realizados nas vítimas de agulhas durante o São João de Campina Grande. Os feridos estão recebendo atendimento no Hospital de Trauma da cidade. Lá, eles são medicados, examinados e avaliados. Segundo a especialista, até o final da manhã desta terça-feira (12) não há registros de pessoas que tenham sido contaminadas com algum tipo de vírus presentes nas agulhas.

No total, 16 pessoas foram atingidas pelas agulhas. Os ataques foram realizados por desconhecidos enquanto elas estavam aproveitando a festa. Os primeiros casos foram relatados por pessoas que sentiram ‘picadas’ em meio a multidão que acompanhava os shows e apresentações culturais. Entretanto, esse número pode aumentar a depender da procura à unidade de saúde.

Ao chegar aqui nós adotamos o mesmo tipo de atendimento prestado às pessoas que se infectaram com vírus do tipo HIV ou Hepatite”, disse. “O procedimento é idêntico ao adotado em pessoas que nós procuram após terem feito relações sexuais e desconfiam da condição de saúde dos parceiros ou parceiras”, completou.

Além do HIV e Hepatites, estão sendo investigadas a ocorrência do vírus da Sífilis. “Os exames realizados demoram cerca de 1h30 a 3h para o paciente saber o resultado”, alertou. Entretanto, segundo Jacqueline, isso não significa que, mesmo com os resultados negativos às doenças divulgadas, o tratamento não continua. “Muito pelo contrário, seguimos vigilantes, acompanhando a evolução do quadro”.

Aqui o paciente recebe medicação para tomar durante 10 dias. Eles também são encaminhados ao serviço de infectologia de Campina Grande para complemento de medicação. Lá, eles recebem mais doses por cerca de 20 dias”. Nesse tempo, as vítimas também realizam exames de sangue.

Essa é uma situação de risco e desagradável para o paciente. Por isso, estamos em alerta. O atendimento acontece de forma comum, na recepção da unidade e eles são redirecionados à especialidade”, finalizou.

Fonte: T5
Créditos: T5