ENTREVISTA

Juiz eleitoral diz que proibição de doação de empresas é a principal mudança da reforma eleitoral

Magistrado falou sobre o processo eleitoral em João Pessoa

IMG_3283O juiz Rodrigo Marques Silva Lima, da septuagésima zona eleitoral, responsável pelas pesquisas eleitorais e crimes eleitorais, disse na noite desta terça-feira, 27, que o pleito de 2016 pode ser considerado tranquilo, desde os preparativos para a votação, a propaganda e o cumprimento do que reza a legislação.

Em entrevista ao programa Master News, da TV Master, ele disse que a Mini reforma eleitoral trouxe limitações importantes para a campanha deste ano e destacou várias mudanças deste pleito, “todas as limitações trouxeram tranquilidade e não limpeza a cidade, acredito que isso faz com que as pessoas prestem mais atenção as propostas do que a publicidade do nome do candidato”, disse.

Rodrigo Lima falou sobre as doações de campanha e a proibição de empresas fazerem doações, que trouxe uma das principais diferenças quando a campanha deste ano é comparada com eleições passadas. “A doação empresarial de campanha leva a interesses escusos de parlamentares, no Congresso há bancadas nomeadas, lá temos a bancada da bala, do boi, da Bíblia, tudo isso é baseado em quem financia a campanha e quer uma contrapartida depois”, destacou.

“Historicamente sabemos que grande parte dos políticos têm suas campanhas pagas por empresas e o interesse do povo é colocado de lado”, reclamou, sobretudo, referindo-se ao caixa dois. “A questão do caixa dois é muito mais do que uma questão legal, é cultural, as pessoas têm que entender que receber e doar dinheiro irregularmente é crime”, pontuou.
Créditos: Polêmica Paraíba – Ívyna Souto