Janot defende fim de sigilo para inquéritos de políticos da Lava Jato

Cada investigação deverá estar listada no sistema

procurador janot

Às claras O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai defender que os inquéritos contra políticos com mandato enviados em fevereiro ao Supremo como resultado da Operação Lava Jato não sejam mantidos sob sigilo no sistema da corte. Cada investigação deverá estar listada no sistema, vinculada publicamente a um número e às iniciais da autoridade, tornando essas informações públicas —ainda que as peças dos processos não estejam disponíveis para consulta.

Esconde-esconde Janot acredita que o expediente adotado em alguns casos pelo Supremo de ocultar os inquéritos em seu sistema prejudica a transparência dos trabalhos do tribunal.

Sem ceia Advogados perderam a esperança de um Natal em casa para os réus da Lava Jato. “Prevejo 40 dias de prisão”, diz um dos defensores. Ninguém põe fé que o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, de plantão no fim do ano, aceitará habeas corpus já negados pelo relator, Teori Zavascki.

Camarada O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi celebrado e posou para várias selfies na festa de fim de ano de funcionários do partido em São Paulo, na sexta-feira.

PMDB Jr.O PRB sinalizou ao Planalto que o senador Marcelo Crivella não tem apoio da bancada da Câmara para ser ministro na cota da sigla. Os deputados querem um nome ligado à bancada.

Slide Quem conversou com a presidente sobre o assunto diz que ela projeta as possíveis configurações de seu ministério em arquivos de Power Point para tentar organizar a distribuição de espaço entre os aliados.

Formiguinha Favorito na disputa pela presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pega um avião hoje para Porto Velho para fazer campanha. Quer os votos dos oito deputados eleitos por Rondônia.

De plantão A caça pelos votos nortistas se estenderá até o fim do ano. Em janeiro, Cunha “atacará” o Nordeste.

É meu Paulo Maluf nega ter perdido a presidência do PP-SP para Guilherme Mussi, após intervenção da executiva nacional. “Meu mandato vai até junho de 2015. É como se dissesse: ‘Vou fazer um oitavo turno para destituir Dilma’. Tem base na lei?”

Carta… O futuro ministro Joaquim Levy (Fazenda) indicou à equipe de transição que pretende tomar medidas que ampliem a receita da União e que não dependam de aval do Congresso. O governo está no “cheque especial” e tem pressa para aumentar a arrecadação.

… ao Polo Norte Estão na mira a volta da cobrança da Cide, sobre a gasolina, e o aumento da alíquota de PIS e Cofins sobre produtos importados —mas a proposta de recriação da CPMF, que depende da Câmara e do Senado, ainda não avançou.

Painel Contraste Oposicionistas que estiveram em reuniões com Levy na semana passada se impressionaram com a perspectiva “realista” do futuro titular da Fazenda. “O Mantega dizia que o céu estava limpo mesmo quando caía um temporal na cabeça dele”, brinca um deputado.

Batata… Auxiliares de Fernando Haddad (PT) afirmam que o prefeito deve tocar de fato a regulamentação da multa para quem desperdiçar água, sugerida por Geraldo Alckmin (PSDB) em reunião na sexta-feira.

…quente O petista não quer transferência de responsabilidade pela crise hídrica.

Até mais Guilherme Afif, o vice de Alckmin que se indispôs com o tucano ao virar ministro de Dilma Rousseff, visitou na sexta-feira o governador no Palácio dos Bandeirantes, antes do compromisso do tucano com Haddad. Foi se despedir do ex-aliado.

TIROTEIO

Com tudo o que a Venina e os delatores vêm falando, Dilma deve estar olhando a lista de réus e imaginando: ‘Posso ser você amanhã’.

DE JOSÉ AGRIPINO MAIA, senador do DEM-RN, sobre os novos desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

CONTRAPONTO

Campanha do agasalho

Ao iniciar sua fala em coletiva sobre novos dados sobre Aids no Brasil, o secretário Jarbas Barbosa (Vigilância em Saúde) teve dificuldade em ligar o microfone e acabou retirando a capa que protegia o dispositivo. O ministro Arthur Chioro (Saúde) testemunhou a cena e não perdeu a chance:
—Ele começou tirando a camisinha, vê se pode? — brincou com o público.
A Jarbas, um tanto encabulado com sua trapalhada, restou responder:
—Não pode, jamais!

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