Reforma da Previdência

Consultor Financeiro acredita que haverá mudanças no projeto do governo e cobra que Temer faça empresas devedoras pagarem dívidas

Creso Rocha Júnior afirma que é importante que as empresas que devem a Previdência quitem seus débitos

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Paraíba, Manoel Isidro, o planejador financeiro, Creso Rocha Júnior, e o advogado Ivo Castelo Branco, especialista em Direito Previdenciário, debateram a Reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional e gera muita polêmica em todo o país.

Durante mesa redonda, no programa Master News, da TV Master, os entrevistados destacaram a necessidade de apurar profundamente se há, ou não, déficit na previdência, uma vez que há estudos da Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil atestando que a previdência brasileira é positiva, mas muitas grandes empresas devem ao governo “verdadeiras fortunas” e essas dívidas são contabilizadas como se fosse “um rombo” nas contas públicas.

Ivo disse acreditar que a sociedade e as categorias profissionais se uniram contra reforma e “se ela for aprovada, será bem desfigurada do que o governo enviou para a Câmara, a base do governo também está recuando porque sabe que isso vai mexer com toda a sociedade”, afirmou.

Para Isidro, “a resistência está funcionando, o governo já percebeu que a pressão está muito grande, nós como servidores públicos conhecemos a estratégia, o governo quer dividir para melhor governar, retirou os servidores estaduais e municipais para diminuir a pressão, aí aprovam do jeito que está prejudicando os servidores da iniciativa privada e os federais e depois vem prejudicar os demais servidores, não podemos esmorecer, temos que seguir lutando contra essa reforma”, disse.

Creso Rocha disse que “a retirada dos servidores torna mais fácil a aprovação, mas ainda haverá muita discussão, temos que descobrir a verdade sobre déficit ou não, independente de quem é o pai da situação, acredito que vai ter muito debate, alguma coisa precisa ser feita porque daqui a 30 ou 40 anos a coisa vai ficar feia, então acredito que será aprovada”, finalizou.
Créditos: Polêmica Paraíba