não foi notificada

Cirurgiões paraibanos cobram mais de R$ 1 milhão à Cruz Vermelha na Justiça - VEJA O MOTIVO

O processo tramita desde 1º de dezembro último em vara cível da Capital. A Cooperativa cobra dois valores: R$ 564.061,71, referentes a multas por atraso de pagamento de dezembro de 2012 a maio de 2017, e R$ 498.699,54 pela fatura não paga de junho do ano passado, mês em que a Coopecir foi dispensada.

A Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba (Coopecir-PB) através do seu presidente Emerson Oliveira de Medeiros,   acionou a Justiça para cobrar mais de R$ 1 milhão por serviços prestados ao Trauma de João Pessoa e não pagos pela Cruz Vermelha, entidade que administra o hospital do Estado.

O processo tramita desde 1º de dezembro último em vara cível da Capital. A Cooperativa cobra dois valores: R$ 564.061,71, referentes a multas por atraso de pagamento de dezembro de 2012 a maio de 2017, e R$ 498.699,54 pela fatura não paga de junho do ano passado, mês em que a Coopecir foi dispensada.

A saída da Cooperativa pode ter ocasionado piora na qualidade dos serviços de cirurgia do hospital. O temor de que isso tenha ocorrido está muito claro na petição inicial da ação, de autoria do advogado Valdomiro Figueiredo Sobrinho  ( FOTO ) .

Afinal, após dispensar a Coopecir, a Cruz passou a contratar profissionais de forma direta e reduziu em 20% o número de cirurgiões de plantão. A Coopecir é presidida pelo médico Emerson Oliveira de Medeiros. ( foto)

A redução certamente resultou em considerável economia, mas, avalia Valdomiro, “talvez às custas da precarização no atendimento”. Ele lembra ainda outro detalhe intrigante do polêmico processo de terceirização ao qual o Trauma-JP foi submetido pelo atual governo, que após assumir o poder, há sete anos, trouxe para gerir o hospital um grupo de Duque de Caxias (RJ).

“Até o final de 2011, foi relatado que o Hospital de Traumas recebia pouco mais de 04 (quatro) milhões de reais para funcionamento, valor que cresceu mais de 200% (duzentos por cento) atualmente, onde a Cruz Vermelha Brasileira recebe quase 13 (treze) milhões mensais para mesma gestão, mesmo assim, encerrou seu período licitatório anterior devendo a diversos prestadores de serviços e fornecedores, sem contudo deixar de vencer o novo pleito licitatório e obter um novo contrato de longa duração”, anota o advogado.

Apesar de oriundo da Baixada Fluminense, o grupo ao qual o governo estadual terceirizou o Trauma pessoense apresenta-se sob a figura jurídica de organização social com as credenciais de filial gaúcha da Cruz Vermelha do Brasil (CVBRS).

O que diz o Trauma

Às 8h34 de ontem (1º), foi enviada a seguinte mensagem eletrônica para a Assessoria de Comunicação do Trauma-JP:

Bom dia, solicito manifestação dessa CVBRS acerca da ação de cobrança ajuizada por Cooperativa de Cirurgiões de mais de R$ 1 milhão devido por essa entidade (arquivo em anexo). A CVBRS já foi notificada? Apresentou contestação? Nega a dívida ou discorda do valor cobrado? Tentou ou vai tentar acordo?

Grato,

rubens nóbrega
Rubão/CBN João Pessoa

Às 13h52, o blog recebeu a seguinte resposta:

Boa tarde!

A direção do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena esclarece que não foi notificada a respeito do assunto, por isso não pode se manifestar sobre o processo, no presente momento.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação

Fonte: http://rubensnobrega.com.br/2018/02/02/cirurgioes-cobram-mais-de-r-1-milhao-cruz-vermelha-na-justica/
Créditos: rubens nobrega