Polêmica

Braiscompany: comissão de valores mobiliários abriu processo contra a empresa e MPPB também teria aberto uma investigação para analisar a suposta pirâmide financeira

No começo, a empresa prometia ganhos mensais para quem aplicar dinheiro de 15% ao mês, porém, ao longo do tempo essa rentabilidade foi diminuindo

Em seu site, a Braiscompany — empresa de Campina Grande (PB) — afirma atuar “através de day trade (lucro com operações diárias) garantindo assim os ganhos de nossos clientes previstos em contrato, trazendo segurança ao seu ativo digital locado conosco”. A empresa foi denunciada pelo analista financeiro Tiago Reis, criador da consultoria de investimentos Suno Research e conhecido como um dos melhores consultores do país por ser um esquema de pirâmide.

Além disso, a empresa também diz que “atua no mercado através da locação de ativos digitais“, meio pelo qual paga seus clientes com um valor variável dentro de um intervalo de tempo pré-estabelecido, em um contrato assinado entre as duas partes.

No começo, a empresa prometia ganhos mensais para quem aplicar dinheiro de 15% ao mês, porém, ao longo do tempo essa rentabilidade foi diminuindo, e a empresa começou a oferecer uma rentabilidade entre 3% e 10% ao mês.

Alguns relatos presentes no site da empresa apresentam claros indícios de rentabilidades praticamente impossíveis de se obter no mercado de capitais, e até mesmo no mercado de criptomoedas.

“Invisto a mais de 1 ano e meio com a empresa, comecei com o valor mínimo e hoje tenho um valor 30 vezes maior. Tenho aportado novos valores na empresa todos os meses”, diz Pedro Arthur, em relato no site da companhia.

Outra cliente da companhia diz que dobrou seus valores ao entrar no negócio da Braiscompany. “Mesmo morando em São Paulo, e distante fisicamente, dobrei o capital investido na empresa. Impossível não confiar na gestão da Brais Company”, diz Wlayette Pacheco Aguiar.

CVM abriu processo contra a Braiscompany
Além disso, segundo apuração do SUNO Notícias, a empresa não possui registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mas a própria CVM já abriu um processo contra a Braiscompany (Nº19957.004777/2020-24).

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também teria aberto uma investigação contra a suposta pirâmide financeira desde julho deste ano. O promotor de Justiça Socrates da Costa Agra, diretor-regional do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor MPPB, abriu um procedimento administrativo contra a empresa.

A empresa promoveu em seu perfil do Instagram, com o fundador, Antônio Inácio da Silva Neto e sua esposa, sócia e diretora executiva da Braiscompany, Fabrícia Frias, para esclarecer questões acerca da empresa.

Fonte: SUNO NOTÍCIAS
Créditos: Polêmica Paraíba