grande desafio

Sintur-JP sugere que Prefeitura de João Pessoa avalie modelo de subsídio implementado em Porto Alegre para evitar aumento da tarifa na capital

As empresas de ônibus que prestam o serviço de transporte coletivo de passageiros em João Pessoa estão enfrentando um grande desafio para manter o equilíbrio econômico-financeiro do sistema. Em 2020, o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus agravou ainda mais a queda do número de passageiros pagantes e acentuou a grave crise econômica no transporte público.

As empresas de ônibus que prestam o serviço de transporte coletivo de passageiros  em João Pessoa estão enfrentando um grande desafio para manter o equilíbrio econômico-financeiro do sistema. Em 2020, o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus agravou ainda mais a queda do número de passageiros pagantes e acentuou a grave crise econômica no transporte público.

Em João Pessoa, o sistema ficou completamente paralisado por mais de 100 dias. O pagamento das passagens é a única fonte de receita desse setor e o valor da tarifa consiste na soma de todos os custos da operação divididos pelo número de passageiros pagantes. A crise no setor de transporte coletivo vai além da pandemia. O modelo de custeamento desse serviço essencial à população está sendo discutido em vários municípios do País.

Na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, a prefeitura firmou um acordo com as empresas concessionárias para minimizar os prejuízos sofridos pelo setor e atenuar ou mesmo evitar o aumento das passagens para a população. Na última quinta-feira (18), a referida prefeitura confirmou o repasse às concessionárias de R$15.992.355,68, que corresponde ao prejuízo estimado  entre 1º de fevereiro a 30 de abril. Esse  acordo possibilitará que o custo da passagem se mantenha em R$ 4,55. O repasse às empresas será realizado em oito parcelas.

O reajuste tarifário previsto em contrato para acontecer em João Pessoa seria no início deste ano, mas ainda não aconteceu. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros em João Pessoa (Sintur-JP) já se manifestou alegando que um aumento da passagem não seria interessante para ninguém.

Neste momento, o Sintur-JP quer dialogar com o poder público para encontrar parcerias, como o caso de Porto Alegre, e evitar o repasse aos passageiros.

“O momento está deixando bastante claro que o atual modelo de custeio do sistema de transporte coletivo de passageiros está se comprovando inviável e injusto, o que está exigindo de todos uma discussão clara e serena sobre o assunto”, disse o diretor institucional do Sintur-JP, Isaac Júnior Moreira.

O diretor institucional do Sintur-JP também destacou que o transporte coletivo de passageiros é essencial para aqueles que precisam sair de casa para trabalhar. “O transporte público ajuda os outros serviços essenciais a não pararem. Algumas pessoas não podem trabalhar de casa e precisam se deslocar. O transporte coletivo de passageiros é o único meio em que o trabalhador pode percorrer longas distâncias com um custo mais em conta”, afirmou Isaac.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba