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SAMBAS DO POETA: chamamento – Por Demétrius Faustino

Surgido no Brasil e de raízes africanas, o samba é tido como uma expressão musical urbana carioca. Por isto, ele é considerado por muitos como o mais original dos gêneros musicais brasileiros ou o gênero musical tipicamente brasileiro.

E como diria o mangueirense Nelson Sargento, o samba agoniza, mas não morre. Trata-se de uma crítica à perseguição da polícia ao samba e à invasão de ritmos estrangeiros nas rádios e na televisão no Brasil. A frase desse poeta nunca esteve tão atual.

O Espetáculo SAMBAS DO POETA, a ser realizado no próximo dia 24 de janeiro de 2020, pelas 20h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural, é uma demonstração de que o samba está vivo e com toque de paraibanidade.

São 18 sambas compostos pelo poeta Bebé de Natércio, traduzindo a fundo e com pureza na alma, esse gênero no seu estilo mais peculiar, cantados por artistas da terra. Apesar de possuir outros estilos musicais, o que é natural quando se tem a capacidade de ser um músico pleno de combinações de sons e de ecletismo, o poeta Bebé de Natércio demonstra nesse PD, que sabe fazer samba também.

Segundo o poeta, a sua inspiração para o samba iniciou-se devido a sua inquietude, e tomou mais rumo e norte ao conhecer o compositor paraibano Zé Katimba, quando este cantou no projeto cultural “Sabadinho Bom”.

A partir daí Katimba passou a ter uma admiração pelo poeta Bebé de Natércio e vice-versa, que mesmo morando em Niterói, e o poeta em João Pessoa, passaram a se comunicar quase que diariamente ou às vezes semanalmente. Aliás, o PD, intitulado “Sambas do Poeta”, traz a participação de Zé Katimba em uma das faixas, cujo lançamento, como dito, será no próximo dia 24 de janeiro de 2020, no Teatro de Arena do Espaço Cultural.

Nesse tempo de abertura de sol na cidade de João Pessoa, o clima se mostra atrativo pra sair de casa e curtir essa roda de samba especial, com a disposição dos sambistas em círculo, movendo seu corpo de tal maneira, que
todos acabarão irresistivelmente aderindo à sonoridade deste ritmo, ouvindo as composições do poeta, nas vozes de Zé Katimba, Meire Lima, Chico Luís, Paulo Brasil, Beto Malloca, Melchior Machado, Mirandinha, Polyana Resende, Carlos Moura, Demétrius Faustino, Jéssica Cardoso, Makários Maia, e do próprio Bebé de Natércio, desfrutando de momentos únicos.

Afirmamos com toda convicção, que este é um disco histórico dentro da música popular brasileira.

Fonte: PautaPB
Créditos: Demétrius Faustino