OUÇA ENTREVISTA: Venezuelano refugiado em Campina Grande disse que fugiu após ser considerado 'traidor'

O venezuelano Alexander Moreno, de 21 anos, nesta quinta-feira (24), falou ao programa de rádio Arapuan Verdade sobre a situação encontrada no seu país de origem. Ele, que mora atualmente em Campina Grande, era dirigente de um partido e lutava contra o governo do atual presidente, Nicolás Maduro, a quem classificou como ditador.

“A situação que vive do país que não é só política, mas social, economia de segurança pública, alimentação, medicina. A gente está sofrendo por várias vertentes, não é só trocar a pessoa que a frente do poder. A comunidade internacional precisa entender que a Venezuela vive uma ditadura. Precisamos de uma mudança histórica e política”, declarou.

Alexander, que estudava direito em uma universidade, contou que acusações contra a sua mãe o motivou a sair da Venezuela em direção à Colômbia e Equador até estabelecer contato com frades franciscanos na Rainha da Borborema que o ajudaram a se mudar para o Brasil.

“Em 2017, quando comecei a participar dos protestos, eu fui processado na justiça ilegítima que minha ação de me manifestar contra o regime seria considerado traição, eu seria uma apátrida, para eles, eu sou um rebelde, um terrorista e quando minha mãe também foi citada como cúmplice por não ter me entregado, resolvi fugir”, arrematou.

Ouça na íntegra a entrevista concedida ao jornalista Felipe Nunes: