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O que felicidade e otimismo têm a ver com saúde e bem-estar

Em síntese, o otimismo não é uma poção mágica, mas as provas são claras de que ele muda suas chances de ficar doente

As pessoas que estão sempre de bem com a vida são menos propensas a ter doença do coração. Mas você pode se perguntar: o que a felicidade tem a ver com saúde? Tudo indica que muita coisa.

O coração, por exemplo, é um órgão vital. Para manter o seu bom funcionamento, é preciso adotar hábitos saudáveis. Mas não pense que isso é suficiente para fazer com que ele bata sempre no ritmo e potência adequada! A forma como cada pessoa reage às “surpresas” da vida também pode influenciar na saúde do coração.

Uma pesquisa americana, da Universidade de Harvard, mostra que a felicidade e o otimismo são fatores importantes para a saúde. Segundo o estudo, as chances de surgirem problemas cardíacos, pressão e colesterol alto entre as pessoas mais otimistas são 50% menores do que entre os pessimistas e tristes.

Divulgada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa contou com uma revisão de 200 estudos já realizados sobre o tema. Os cientistas ainda destacam que o estresse e a depressão também oferecem perigos ao coração. Apesar de ainda não haver provas científicas de que a felicidade de fato interfere na saúde, estudiosos americanos afirmam que as investigações caminham para essa conclusão.

Mente e corpo

A neurologista Maria do Desterro Leiros da Costa, médica cooperada da Unimed João Pessoa, concorda que os otimistas têm menos probabilidade de apresentar recidivas durante um tratamento. Quando comparadas a pessoas negativas e depressivas, a possibilidade de serem hospitalizadas também são reduzidas.

Segundo ela, a explicação está na conexão que existe entre a mente e o corpo. “A maneira como pensamos influencia em como nos sentimos. Isso repercute nos nossos comportamentos”, disse.

Quando estamos estressados, ansiosos ou chateados, explica a médica, a mente envia mensagens ao corpo. Esse, por sua vez, responde como se algo não estivesse certo. Então, ocorrem alterações neurovegetativas e neuro-hormonais que, se permanecerem por longos períodos, podem desenvolver alterações cardiovasculares, gastrintestinais, neuropisiquiátricas, deficiências imunológicas e metabólicas.

Práticas saudáveis

Maria do Desterro afirma que o estado de ansiedade aumenta os níveis sanguíneos de cortisol, um hormônio imunosupressor (que reduz as reações imunológicas específicas do organismo contra um antígeno), e de diabetogênico (fator causador do diabetes).

“Na contrapartida desses fatos, surgem as pesquisas apontando o papel de práticas promotoras de saúde relacionadas diretamente às crenças e às emoções como a meditação, a religiosidade/espiritualidade e o combate ao isolamento social”, destaca a médica.

Portanto, mesmo que seja uma questão subjetiva para muitos, pessoas felizes e otimistas tendem a viver mais e com melhores condições de saúde do que pessoas infelizes, estressadas ou deprimidas. Em síntese: o otimismo não é uma poção mágica, mas as provas são claras de que ele muda suas chances de ficar doente.

Fonte: Unimed
Créditos: Unimed