Xeque-mate

JOSÉ MARANHÃO: uma peça que ninguém pode subestimar no xadrez de 2018 - Por Felipe Nunes

Desde que lançou seu nome para a disputa ao Governo do Estado, em março do ano passado, o senador José Maranhão (MDB) tem enfrentando resistência de todos os lados, inclusive dentro do seu próprio partido.

Desde que lançou seu nome para a disputa ao Governo do Estado, no ano passado, o senador José Maranhão (MDB) tem enfrentando resistência de todos os lados, inclusive dentro do seu próprio partido. Apesar das fortes críticas, a pré-candidatura do ex-governador é a única das oposições que se manteve firme desde que foi anunciada e tem potencial inegável de resolver o xadrez eleitoral de 2018.

Apesar de ter perdido sucessivas eleições para o executivo, não se pode perder de vista que cada pleito tem uma configuração diferente e que em todas as disputas o nome do ex-governador foi bem recebido pelo eleitorado; sem falar nas vitórias que ele já empreendeu, inclusive em cenários totalmente desfavoráveis, como na última disputa para o senado, quando sozinho desbancou as campanhas gigantescas dos principais adversários.

Na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, em 2012, mesmo ficando em quarto lugar, José Maranhão abocanhou 20% do eleitorado da capital e ficou embolado com Estela Bezerra e Cícero Lucena, numa eleição bastante acirrada pelas segunda e terceira posições. Já em 2014, além de ter vencido a corrida para uma vaga no Senado, Maranhão foi decisivo para a virada que deu a vitória ao governador Ricardo Coutinho, que disputara uma eleição acirrada com Cássio Cunha Lima.

Além da votação consolidada que historicamente tem na capital e na região metropolitana, o nome de Maranhão vai crescendo substancialmente em cidades interioranas e sertanejas, onde o eleitorado conserva lembranças do tempo em que ele governou o Estado, quando realizou obras hídricas, asfálticas e de eletrificação rural que fizeram a diferença na realidade de muitas pessoas. O próprio governador Ricardo Coutinho, em entrevistas que deu à imprensa, reconheceu esse fato.

Ademais, Maranhão dispõe de experiência. Apontado por muitos como velho, como de fato é, não se pode menosprezar as virtudes de quem tem 84 anos de vida e 60 anos de atividade política, fatores que podem ser convertidos em trunfo eleitoral, especialmente num momento da política em que figuras tradicionais estão envolvidas em escândalos de corrupção.

Para enfrentar os oponentes em 2018, Maranhão deverá construir a campanha em cima desses atributos que tem a oferecer. Sob essa perspectiva, ele tem potencial de abarcar uma fatia importante do eleitorado e surpreender quando as urnas forem abertas em outubro.

Se não chegar ao segundo turno, o que não é impossível, o senador será certamente o fiel da balança. Como outrora, será cortejado por todos os lados. Então tanto a oposição quanto a situação precisam respeitar e levar a candidatura dele a sério, pois no tabuleiro de 2018, o xeque-mate pode vir de quem menos se espera.

 

 

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes