Emergência

Governador autoriza Cagepa a contratar mais 50 carros pipa para CG

O governador João Azevedo autorizou a contratação de mais 50 carros-pipa para atender o município de Campina Grande até que o sistema de abastecimento de água consiga operar normalmente. A informação foi confirmada pelo presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Fernandes Neves, em coletiva de imprensa realizada na Gerência Regional da Borborema, na tarde desta quarta-feira (20).

O governador João Azevedo autorizou a contratação de mais 50 carros-pipa para atender o município de Campina Grande até que o sistema de abastecimento de água consiga operar normalmente. A informação foi confirmada pelo presidente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Fernandes Neves, em coletiva de imprensa realizada na Gerência Regional da Borborema, na tarde desta quarta-feira (20).

O desabastecimento em Campina Grande e em mais oito municípios da região foi causado por uma pane elétrica que impediu por completo o funcionamento Estação de Tratamento de Gravatá, na noite da última sexta-feira (15), avariando equipamentos, quadros de comando e todo o sistema elétrico do local. A estimativa inicial é de que o prejuízo já supera os R$ 4 milhões de reais. “No entanto, entendemos que a maior prejudicada neste momento é a população. Por isso, estamos trabalhando para não deixar os clientes desassistidos”, disse o presidente.

Os novos carros-pipa começam a visitar os bairros nesta quinta-feira (21). O objetivo é minimizar os impactos para a população, atendendo, principalmente, aos bairros periféricos, sobretudo aqueles que estão localizados em áreas mais distantes dos reservatórios e que estão com dificuldades para receber água nas torneiras.

A previsão é de que até o final desta sexta-feira (22) a Cagepa retome a operação do sistema, para em seguida restabelecer gradativamente a distribuição da água. “Água é diferente de energia, por exemplo. Quando o sistema volta a operar, a água é captada, para depois ser transportada pelas adutoras até encher os reservatórios, para só depois começar a distribuição para a rede da Cagepa, de fato. Isso levanta uma margem de dois dias para restabelecimento total. Ou seja, nossa previsão é de que no fim de semana tudo volte ao normal”, detalhou.

Força tarefa – Mais de 40 técnicos da Cagepa, em parceria com a Energisa, estão empenhados na força-tarefa para manutenção das instalações elétricas e dos equipamentos danificados. “Só para a população ter ideia da complexidade do trabalho, cada transformador pesa 10 toneladas. Algumas peças estão vindo de São Paulo, porque não são encontrados no comércio local. Enfim, é uma logística detalhada para dar conta não só da recuperação dos equipamentos, mas para montagem e testes, para só assim reiniciar o funcionamento do sistema”, explicou.

Áreas afetadas – Além de Campina Grande, também foram atingidos os municípios de Lagoa Seca, Alagoa Nova, Matinhas, São Sebastião de Lagoa de Roça, Pocinhos, Barra de Santana, Caturité e Queimadas.

Investigação – A causa da pane ainda está sendo averiguada. A Polícia Civil está à frente das investigações e a Cagepa também apura o caso administrativamente, em uma sindicância. “Não descartamos nenhuma possibilidade até então, inclusive de vandalismo. Em 50 anos de empresa, uma ocorrência nessas proporções nunca havia sido registrada antes. O prejuízo para a Cagepa foi enorme. Foram vários transformadores danificados, quadros de comando, entre outros equipamentos. Isso sem contar no prejuízo imensurável para a população, que encontra-se com o abastecimento de água reduzido”.

Plano de contingência – Para minimizar os transtornos à população de Campina Grande, a Cagepa lançou na manhã da última terça-feira (18) um plano de contingenciamento com o objetivo de distribuir água por zonas da cidade. “Conseguimos reestabelecer parcialmente o funcionamento da estação e, com isso, distribuir algo em torno de 35% da vazão normal. Como a produção é insuficiente, optamos por dividir a cidade em duas áreas”, explicou o presidente da Cagepa.

Fonte: Paraíba Já
Créditos: Paraíba Já