"ação autoritária"

Entidades lançam moção de repúdio contra PMJP por despejo de famílias do Porto do Capim

Um grupo de entidades, capitaneada pela Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente do Róger/Varadouro, repudiou a condução da Prefeitura Municipal de João Pessoa

Um grupo de entidades, capitaneada pela Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente do Róger/Varadouro, repudiou a condução da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas ações para executar o Projeto do Parque Ecológico Sanhauá, ordenando o despejo de 160 famílias do Porto do Capim. De acordo com as entidades, a gestão de Luciano Cartaxo (PV) tem agido de maneira autoritária e negligente.

Leia a nota:

A Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente do Róger/Varadouro vem por meio desta manifestar seu repúdio à ação sem diálogo da prefeitura municipal de João Pessoa que de modo arbitrário pretende remover a comunidade que há anos reside no Porto do Capim para executar um projeto de construção que desconsidera a participação popular e desrespeita as demandas dos moradores e moradoras da área. Deve-se reconhecer essas pessoas enquanto detentoras de direitos e deveres e mais, como pessoas que têm suas raízes afetivas, culturais e históricas naquele lugar.

Nesse sentido, a rede supracitada vem por meio desta se posicionar em favor dos moradores/as e ribeirinhos/as da comunidade, considerando-se que a perspectiva adotada pela prefeitura tem caráter estritamente higienista e excludente. Consideramos que um projeto com o porte do Parque Ecológico Sanhauá deve ser compartilhado com a comunidade e construído junto com a mesma, respeitando a memória e história local, a qual se faz dia a dia pelas mãos das pessoas que lá estão produzindo, dentre outras coisas, cultura para a nossa cidade. Exigimos respeito à essa população e que a prefeitura antes de executar o projeto possa repensá-lo sob uma conduta mais humanista e inclusiva, com participação popular e, contínuo e efetivo diálogo.

Repudiamos veementemente a conduta que tem sido adotada pela gestão pública nesse processo, nos solidarizamos com as famílias que estão apreensivas em perder suas moradias e seu vínculo com o território e demonstramos nossa preocupação com as crianças e adolescentes que estão sendo negligenciadas nesse processo, quando o planejamento e redimensionamento das políticas públicas voltadas a promoção, proteção e defesa deste grupo populacional é relegado a um segundo plano ou desconsideradas no tocante ao projeto arquitetônico em questão.

Rede de Proteção Integral à Criança e ao adolescente do Róger-Varadouro

Comissão gestora da Rede Amigos da Ilha do Bispo

Rede Margarida Pró Crianças e Adolescentes- REMAR

Centro da Mulher 8 de Março

REDEXI – Rede de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e adolescentes

 

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Fonte: Paraíba Já
Créditos: Paraíba Já