Levantamento

CRM afirma que mais de 60% das unidades médicas da Paraíba apresentam inconformidades

Através de uma coletiva nesta quinta-feira(05) o Conselho Regional de Medicina divulgou o índice obtido através de uma fiscalização realizada de janeiro a maio de 2019 em 118 unidades de saúde da Paraíba. 63,6% delas apresentam graves inconformidades em questões relativas a saúde.

Através de uma coletiva nesta quinta-feira(05) o Conselho Regional de Medicina divulgou o índice obtido através de uma fiscalização realizada de janeiro a maio de 2019 em 118 unidades de saúde da Paraíba. 63,6% delas apresentam graves inconformidades em questões relativas a saúde. Segundo o conselho os principais problemas encontrados são: a falta de médicos, falta de recursos materiais básicos, estrutura inadequada e falta de insumos.

O dossiê foi construído a partir das fiscalizações das 118 unidades em 28 municípios da Paraíba realizadas nos primeiros cinco meses de 2019. Foram fiscalizados 38 hospitais, 36 clínicas, uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), uma unidade do Samu, 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 29 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs).  Segundo os dados apresentados no dossiê, 54,5% das unidades apresentam um número insuficiente de médicos, com escala médica incompleta em pelo menos um serviço, 59,1% estão com insumos e medicamentos insuficientes e 36,4% apresentam uma estrutura inadequada. Ao longo das fiscalizações, pelo menos oito unidades de saúde foram interditadas. Segundo o presidente do CRM-PB, Roberto Magliano, a precariedade na assistência da saúde dos hospitais públicos tem gerado a agressão de paciente e acompanhantes contra médicos, devido aos problemas da infraestrutura e falta de médicos e medicamentos.

Falta de medicamentos oncológicos para dar continuidades ao tratamentos de pacientes com câncer
Equipamentos quebrados
Contingenciamento da fila de pacientes para tratamento

Complexo Hospitalar de Mangabeira (Ortotrauma)
Salas de cirurgia com buracos no teto, infiltrações, ferrugem e mofo
Infraestrutura precária, com infiltrações e buracos nas paredes, além de infestação de baratas na enfermaria, superlotação
Demora na realização de cirugias

Hospital Valentina Figueiredo

Falta de médicos
Subutilização do centro cirúrgico

Hospital da Criança e do Adolescente

Hospital sem roupa hospitalar e lavanderia desativada
Superlotação
Falta de medicamentos
Manutenção predial precária
Casos que serão investigados

Hospital de Trauma de João Pessoa

Abastecimento precário
Superlotação
Hospital de Trauma de Campina Grande
Falta de leitos para acompanhantes

Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea)
Superlotação
Falta de materiais básicos
Falta de equipes de enfermagem

Fonte: G1
Créditos: G1