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COMUNICADORES DE BATENTE: "Repórteres do povo" usam redes sociais para se manter na ativa e denunciam perseguições políticas na Paraíba

Careca e Edmilson do Róger

A rede mundial de computadores e as amplitude das redes sociais já mudaram tanto nosso cotidiamo que profissões novas já foram criadas.  Os influenciadores digitais são uma nova categoria de comunicadores que criaram uma mensagem específica e uma foma de monetizar.

Mas não são só eles que estão aproveitando a popularidade das redes sociais para conseguir público, os comunicadores de “batente” encontraram no Instagram, no YouTube e no Facebook um espaço na mídia.
Para quem não está familiarizado com os jargões o jornalista ou radialista de batente é aquele que atua na profissão sem formação acadêmica. O Polêmica Paraíba destaca dois profissionais com trajetórias distintas: Edmilson do Róger e Careca.

Edmilson do Róger, antes de ser um comunicador autônomo, quase foi padre:” Cheguei a estudar seis anos para padre, na minha época eram 8″. Mas o gosto pela comunicação se sobressaiu e Edmilson chegou a pagar algumas cadeiras do curso de jornalismo. Mesmo sem terminar o curso, o ex seminarista continuou na área e fundou um site, Paladino da Verdade . Sobre o trabalho, ele esclarece: “Aqui na Paraíba a maioria dos portais é comprometido com o governo do estado”. O “comprometimento” é o pagamento de espaços publicitários do governo nos sites e blogs. E sua revolta alcança até a Associação Paraibana de Imprensa: “No caso da API toda a direção é paga para enganar o povo, o paraibano é vítima desses grandes”.

A trajetória de Ednaldo Nascimento começou em 78. Mas em Bayeux, poucos conhecem o ex locutor de propaganda política pelo nome: “Me conheciam por Careca, eu fazia propaganda política em veraneios e kombis”. Careca revela que não tem nenhum curso superior, mas que já passou por algumas emissoras de rádio. Então criou uma página no Facebook chamada “Careca tá de Olho”: “Mas já chegaram a tirar minha página do ar por conta de perseguição política”.

Atualmente trabalha numa rádio web, impulsionado por um curso: “Fiz um curso de rádio web pela UFPB, durou três meses e recebi o diploma. Nas redes sociais eu comecei há dois anos atrás, fui o primeiro cibernético a mostrar os problemas de Bayeux. Como minha cidade precisava de tudo, falta tudo. Fiz o grupo “Tá de olho”, e me tornei essa pessoa conhecida. Hoje vivo exclusivamente de publicidade”. Careca diz não ter problemas com o sindicato, mas que precisa comprovar a profissão de “jornalista” para receber das gestões: “Quem pede o documento de jornalista é o povo da gestão, quando a gente escreve uma notícia de escândalo, eles pedem”.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba