Upgrade da fofoca

'AS FAKE NEWS PODEM ACABAR COM A VIDA DAS PESSOAS': diz professora da UFPB, doutora em comunicação

Barrigadas sempre existiram na imprensa tradicional, mas o que vemos agora é a velocidade em que os fatos acontecem e repercutem (principalmente nos veículos online) dentro das redações.

Nunca se falou tanto em notícias falsas como no período turbulento em que estamos vivendo. As famosas Fake news são recorrentes na imprensa, alvo de disputas acaloradas entre grupos políticos que acusam inclusive essas notícias falsas de serem responsáveis pela eleição do atual presidente.

Debates político partidários à parte, a imprensa deve sempre manter-se atenta às possíveis consequências que uma notícia falsa pode trazer para os envolvidos colocando em xeque a credibilidade dos veículos e comunicadores.

 

Barrigadas sempre existiram na imprensa tradicional, mas o que vemos agora é a velocidade em que os fatos acontecem e repercutem (principalmente nos veículos online) dentro das redações.

 As redes sociais viraram extensões das redações onde circulam informações ditas exclusivas, enchendo os olhos dos comunicadores que anseiam pelo furo noticiando informação falsa como sendo verdadeira.

A nossa reportagem conversou com a professora doutora Fabiana Siqueira do departamento de Jornalismo da UFPB. Ela destacou que o Fake News sempre existiu.

A Professora Fabiana Cardoso Siqueira é docente do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFPB e vice-coordenadora do Curso de Jornalismo na mesma instituição. Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, com doutorado sanduíche pela Universidad Complutense de Madrid.  Fabiana Possui 18 anos de experiência em emissoras de telejornalismo. Foi editora-chefe do Bom Dia Pernambuco na Globo Nordeste.

De acordo com ela o repórter tem por obrigação checar as informações e esgotar os processos de verificação e principalmente ter certeza de que as suas fontes são confiáveis. Ela lembrou também que atitudes apressadas de alguns profissionais comprometem a sua credibilidade e a dos veículos onde trabalham.

Também segundo Fabiana, a enxurrada de notícias falsas é muito perigosa, e que a ânsia de sair na frente e publicar algo sem verificar, pode provocar repercussões que impactam e transforma vidas de pessoas, mancham reputações, colocando inclusive em risco a vida de pessoas.

 

Uma fake news originou o golpe que derrubou a Monarquia no Brasil – ASSISTA ENTREVISTA EXCLUSIVA

A professora lembrou uma pesquisa sobre a credibilidade de veículos em relação a publicação de notícias falsas. De acordo com a pesquisa, o rádio seria o veículo com maior confiabilidade do público seguido da TV e em terceiro lugar estaria o jornal. Os portais de notícias teriam segundo a pesquisa o quarto lugar em confiança diante de veiculação de Fake News. Ela lembrou que os veículos tradicionais ainda têm espaço e visibilidade e que o público ainda confia nas informações que chegam desses meios.

Cabe a todos nós que fazemos parte da imprensa vestir a carapuça e assumirmos nossa responsabilidade diante do nosso papel na sociedade, checando sempre as informações, averiguando com o máximo de cuidado tudo que nos chega. Os veículos online carregam o estigma de falta de credibilidade talvez injustamente diante de tantos erros cometidos em todos os tipos de mídia, sejam elas tradicionais ou digitais.

Erros acontecem todos os dias, o que nos resta apenas é tentar agir com lisura, cuidado e responsabilidade e se alguma fonte ou nos induzir ao erro, devemos também ter a humildade em reconhecer e nos retratar.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Alana Yaponirah