DEMOCRACIA FARDADA

Os militares, o poder, a Constituição-Cidadã e o capitão-presidente

O país prepara-se para ser governado novamente pelos militares, desta feita legitimados pelo voto e reféns de uma Constituição-Cidadã proclamada em 1988.

O país prepara-se para ser governado novamente pelos militares, desta feita legitimados pelo voto e reféns de uma Constituição-Cidadã proclamada em 1988, vinte e um anos após a ditadura fardada que censurou, torturou, prendeu ilegalmente, cassou mandatos parlamentares, esvaziou universidades, perseguiu religiosos, intimidou jornalistas e intelectuais, instaurou a longa noite das trevas, gerando um trauma com relação à estabilidade democrática numa região como o Cone-Sul, vulnerável a golpes em vários países, nos mesmos moldes ou quase dentro dos mesmos modelos. Insinua-se que o governo do capitão-presidente Jair Bolsonaro e do general-vice-presidente Hamilton Mourão será o que mais comportará militares em postos de comando, nos ministérios ou órgãos que compõem o organograma do poder. No discurso, na diplomação, Bolsonaro jurou obediência à Constituição e às leis, que estão assentadas no pilar democrático. Mas isto ainda não foi suficiente para dissipar temores quanto ao que pode vir por aí. O novo governo, que se segue ao impeachment de Dilma Rousseff e à derrota do PT nas urnas, passando pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma grande incógnita, para aliados e adversários.

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Fonte: Os Guedes
Créditos: Lenilson Guedes