corrida contra o tempo

Governadores do NE consultam China sobre ajuda para o Covid-19

A consulta ainda afirma que, em especial, “temos necessidade de leitos de UTI e de respiradores, pois as projeções de enfermos indicam que haverá déficit deste equipamento em momento de pico da epidemia”

Após um encontro virtual, os governadores do Nordeste decidiram fazer uma consulta ao governo da China para saber a possibilidade de ajuda do país diretamente aos Estados da região no enfrentamento à pandemia de coronavírus. A carta, assinada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio Nordeste, faz o questionamento diretamente ao embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming. No documento, ele consulta o governo da República Popular da China, “que acaba de viver um problema semelhante, do qual saiu vitorioso”, sobre a possibilidade de seu apoio e sua colaboração por meio do envio de materiais médicos, de insumos e de equipamentos que possam ajudar a combater o flagelo que estamos enfrentando”.

A consulta ainda afirma que, em especial, “temos necessidade de leitos de UTI e de respiradores, pois as projeções de enfermos indicam que haverá déficit deste equipamento em momento de pico da epidemia”. O embaixador chinês é o mesmo que, esta semana, trocou farpas com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), após o parlamentar acusar a China de omitir informações sobre a epidemia do país. Por fim a carta assinada elogia a ação chinesa durante a pandemia de Covid-19. “Reafirmamos a admiração pela forma como o povo chinês enfrentou a epidemia e pela imensa amizade que une nossos povos”. Por outro lado, Estados e municípios entregaram ao governo federal uma série de demandas, como recursos para saúde, compensações em razão da perda de arrecadação, suspensão de pagamento de dívidas e possibilidade de corte em salários de servidores.

Os governos estaduais pediram ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, o repasse de R$ 15,6 bilhões mensais para o enfrentamento ao coronavírus, sendo R$ 14 bilhões para cobertura de perdas financeiras com a queda de arrecadação. A suspensão por doze meses do serviço da dívida pública dos Estados junto à União e bancos públicos representa outros R$ 3 bilhões mensais. Por um período de três meses, também solicitaram o repasse de R$ 1,66 bilhão mensais, ou R$ 5 bilhões no total, para o financiamento de ações emergenciais de saúde. As demandas foram encaminhadas em ofício ao ministro da Economia, no qual afirmam que já é possível observar queda na demanda e, consequentemente, na arrecadação tributária, sendo que o fluxo de bens nos sistemas de controle interno e de fronteiras aponta para uma contração muito maior nos próximos dias.

Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes