pandemia da covid-19

Azevêdo disse que ainda avalia a hipótese de adoção de “lockdown”

“Essa é uma doença que não tem remédio, não tem vacina, sendo o isolamento social o melhor remédio e, quando houver necessidade efetiva de sair de casa, que seja usando máscaras"

O governador João Azevêdo (Cidadania) revelou que ainda não há decisão firmada sobre a adoção de “lockdown” em virtude da pandemia do coronavírus e salientou que está sendo feita uma análise pelo governo sobre o comportamento das pessoas diante do isolamento social. Azevêdo sancionou lei que visa assegurar o fornecimento de cestas básicas para alunos da rede pública estadual. O anúncio da medida foi feito durante transmissão ao vivo, pelo governador, em suas redes sociais, oportunidade em que Azevêdo fez um balanço das ações empreendidas até agora para o enfrentamento ao coronavírus no Estado. O chefe do Executivo reforçou a importância do isolamento social para evitar uma maior propagação da doença. As últimas informações sinalizavam que o Estado registra cerca de 1.361 casos confirmados da Covid-19, 85 óbitos e uma ocupação de 49% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva, bem como 28% dos leitos de enfermaria.

“Essa é uma doença que não tem remédio, não tem vacina, sendo o isolamento social o melhor remédio e, quando houver necessidade efetiva de sair de casa, que seja usando máscaras. Nós estamos diante de um momento muito difícil, as duas próximas semanas serão de maior contágio do vírus na Paraíba, e para que a gente possa manter os serviços de saúde para atender as pessoas da melhor maneira passível precisamos da cooperação de todos”, observou o governador. O governador João Azevêdo não confirmou estudos para adoção de lockdown no momento. De acordo com ele, os esforços da gestão estão sendo direcionados para fortalecer o sistema de saúde, com vistas a atender à população. Frisou que será necessária uma avaliação mais correta sobre o comportamento da população diante das recomendações e das medidas de isolamento social.

Se as pessoas forem às ruas, de forma descontrolada, advertiu o governador, terão que ser endurecidas a cada dia as medidas consideradas necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde. “Nossa lógica é que vamos estar trabalhando, analisando os números a cada dia. Se houver indicação de que o lockdown produzirá efeitos positivos, nós tomaremos essa medida”. O “lockdown” provoca controvérsias entre prefeitos de cidades da região metropolitana de João Pessoa, como Bayeux, Santa Rita e Cabedelo. Santa Rita está sob efeito da medida, mas Cabedelo e Bayeux ainda avaliam a necessidade. João Pessoa tem reforçado as medidas previstas no decreto de calamidade pública. Os prefeitos argumentam que cada caso é um caso e que as medidas devem levar em conta a realidade dos respectivos municípios.

O governador fez uma avaliação positiva do sistema implantado na rede estadual de ensino devido à suspensão das aulas presenciais. De acordo com ele, 99,2% das escolas já tiveram o tema do plano estratégico implantado, 99,4% das escolas já receberam os guias pedagógicos, 90% dos professores já participaram dos treinamentos e já estão engajados nas atividades, utilizando as ferramentas disponibilizadas. Além das redes sociais, está sendo utilizada a ferramenta do Google Classroom, que já está sendo usada por 86% dos alunos, permitindo que os professores criem uma relação do ensino à distância a partir de uma tecnologia diferente, que tem dado resultados. Por outro lado, João Azevêdo informou que cerca de 100 mil testes rápidos adquiridos pela gestão estadual deverão chegar à Paraíba esta semana. Das 310 mil unidades adquiridas pela administração paraibana, 20 mil já foram distribuídas com os municípios para serem aplicadas na população. “Essa ação permitirá traçar um perfil epidemiológico muito melhor para basear o planejamento de ações, assegurando que os serviços de saúde atendam a população da melhor forma”, disse.

Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes