Opinião

Se eu fosse Lula, aguardaria mais um pouco - Por Rui Leitão

Portanto LULA LIVRE. Eu, sendo ele, aguardaria mais um pouco. Liberdade plena, inocência total.

Hoje, em respeito à Constituição, o Supremo Tribunal Federal deverá decidir obedecendo ao seu artigo 5, inciso XVII, que: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. ” Não há como contestar essa verdade da Carta Magna. Qualquer decisão em contrário afronta o dispositivo constitucional.

A lógica jurídica indica que a jurisprudência firmada atenderá à compreensão de que deve prevalecer a verdade constitucional. Isso é indiscutível e inquestionável. A decisão da suprema corte em atendimento ao que preceitua a Constituição haverá de estabelecer que ninguém será aprisionado por decisão de segunda instância. Qualquer coisa diferente disso fere o princípio da presunção da inocência.

Todos sabem que a opinião pública espera o veredicto relacionando-o à situação do ex-presidente Lula. O cumprimento da constituição o beneficiará com a liberdade, ainda que provisória. Ele não será inocentado, mas apenas liberado de permanecer numa cela. Continuará preso a um processo manifestamente de perseguição política.

Eu, se fosse o presidente Lula, não aceitaria a liberdade nessas condições. Quem tem convicção de sua inocência, não pode aceitar meia absolvição. Um líder político de sua projeção não pode se submeter a favores da lei. Ou tudo, ou nada. Não existe meio termo nessa situação.

Assumindo a posição em que ele se encontra, esperaria o julgamento da suspeição do ex juiz Moro. Aí sim, sairia de cabeça erguida provando de que foi vítima de uma armação jurídico-política. Não há dúvidas de que tudo foi arquitetado por um conluio orientado pela força tarefa da Lava Jato. O tempo já está revelando essa verdade.

Então, tudo leva a crer que a decisão do stf hoje será em observância da Constituição. Mas não absolverá Lula, apenas o livrará provisoriamente da prisão. Quem tem certeza de sua inocência, nunca aceitará uma liberdade condicional. Se eu fosse Lula não aceitaria ser libertado enquanto não confirmada juridicamente de que está sendo vítima de uma armação para atender interesses do poder político eventualmente constituído.

Portanto LULA LIVRE. Eu, sendo ele, aguardaria mais um pouco. Liberdade plena, inocência total.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Polêmica Paraíba

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão