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E se não fossem os governadores e prefeitos? - Por Rui Leitão

A comoção e a perplexidade tomam conta do sentimento aflitivo da sociedade brasileira diante da dimensão da tragédia sanitária que nos assusta. O que mais deixa a todos apreensivos é a sensação de que estamos órfãos de um comando de governo a nível nacional. Pelo contrário, o que se observa é um comportamento de absoluta indiferença quanto à gravidade da pandemia que se abate sobre o mundo. Mais espantoso ainda é ver o chefe da nação criticando as autoridades públicas que, assumindo suas responsabilidades, estão desenvolvendo esforços extraordinários para conter a disseminação da doença. Em vez de ajudar, se dedica a atrapalhar.

A comoção e a perplexidade tomam conta do sentimento aflitivo da sociedade brasileira diante da dimensão da tragédia sanitária que nos assusta. O que mais deixa a todos apreensivos é a sensação de que estamos órfãos de um comando de governo a nível nacional. Pelo contrário, o que se observa é um comportamento de absoluta indiferença quanto à gravidade da pandemia que se abate sobre o mundo. Mais espantoso ainda é ver o chefe da nação criticando as autoridades públicas que, assumindo suas responsabilidades, estão desenvolvendo esforços extraordinários para conter a disseminação da doença. Em vez de ajudar, se dedica a atrapalhar.

Os governadores e prefeitos, em sua quase totalidade (com raras exceções), têm agido corajosamente e de forma unida, na adoção de medidas que minimizem os efeitos sinistros da doença. Não fossem eles a situação hoje seria muito mais dramática. Não se trata aqui de querer politizar o tema. Na verdade essa politização está partindo de quem se nega a colaborar, se utilizando de argumentos ideológicos apoiados no negacionismo e com interesses puramente eleitoreiros. Os governadores, irmanados nessa luta, pertencem a diferentes agremiações partidárias e ideais políticos. Salvar vidas tem sido para eles a prioridade, desprezando toda e qualquer diferença que possa existir no campo político. Desceram do palanque.

Têm consciência de que não podem atropelar a ciência. Não são decisões fáceis para nenhum deles. Mesmo contrariando interesses, entendem que, em primeiro lugar, está a obrigação de defender vidas, vencendo o coronavírus. Foram eleitos para enfrentar com destemor e competência os desafios colocados sobre seus ombros nas oportunidades em que são surpreendidos por situações indesejadas. Estão cumprindo bem o papel que lhes cabe no enfrentamento dessa crise, a despeito dos obstáculos oferecidos.

As ações por eles implementadas teriam resultados muito melhores, se não houvesse essa indisposição política fomentada por quem deveria assumir a coordenação do plano de combate à pandemia. Em sentido inverso ao do presidente, eles têm proposto um pacto de união pela vida, para todos juntos encararem a crise sanitária de maneira articulada. Infelizmente o aceno de harmonia não tem encontrado receptividade.

De qualquer forma, não podemos deixar de reconhecer, nos governadores e nos prefeitos, os guerreiros que batalham para conter o avanço da doença. O inimigo invisível está se aproveitando desse vácuo de gestão unificada, a nível nacional, para continuar matando milhares de brasileiros. Não há como ficarmos insensíveis ao funesto número de mortos em nosso país, vitimados pelo Covid-19. Desdenhar da doença é um comportamento inadmissível para um governante.

Eles não desistem e continuam tentando construir uma convergência que ofereça resultados mais positivos nessa guerra árdua. Porém, sozinhos não poderão resolver tudo. É necessária a compreensão da população, colaborando com a obediência às medidas restritivas necessárias, observando as recomendações do isolamento social, uso de máscaras e higienização das mãos. Que Deus nos proteja e abençoe nossos governantes.

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba