reta final

Ciro Gomes para reunificar o país e deter a ascensão do fascismo - Por Flávio Lúcio

1. Continuo a achar a candidatura de Haddad favorita para ir ao segundo turno, mas o caminho é mais tortuoso do que parecia. Ciro continua a crescer com consistência, mesmo depois dos obstáculos interpostos à sua candidatura.

1. Continuo a achar a candidatura de Haddad favorita para ir ao segundo turno, mas o caminho é mais tortuoso do que parecia. Ciro continua a crescer com consistência, mesmo depois dos obstáculos interpostos à sua candidatura.
2. Acredito que o crescimento de Ciro o credencia a disputar uma das vagas no segundo turno. Ciro cresce em duas frentes: em meio ao eleitor lulista e em meio ao eleitor de centro preocupado com a radicalização política. Importante: é no Nordeste, base eleitoral do lulismo, onde Ciro mais cresce.
3. O episódio da facada pode ter sido um desastre para Bolsonaro porque, ao invés de vitimizá-lo, ficaram explícitas as intenções de de tirar proveito eleitoral do ocorrido. Preso a uma cama, agora vai ser difícil mobilizar seus apoiadores para conquistar os indecisos na reta final.
4. Vamos esperar para ver o impacto do anúncio de Lula a Haddad e o ritmo da transferência de votos. Mas, não acredito que seja avassaladora a ponto de colocá-lo numa posição de liderança isolada em pouco tempo. O resultado da primeira pesquisa após o anúncio será decisivo para medirmos o ritmo do crescimento de Haddad e projetar como ele estará no dia da eleição.
5. Continuo convicto de que ganhar essa eleição (com Ciro ou com Haddad), será o menor dos desafios que a esquerda tem pela frente. Governar um país dividido, com um horizonte de manutenção da radicalização atual, tendo que reverter os atos de traição nacional de Temer e seus apoiadores, será uma tarefa hercúlea. E Ciro Gomes é o candidato que mostra mais condições, tanto pessoais como programáticas, para não apenas vencer a eleição como reunificar o país. A vitória de Fernando Haddad (ou de Bolsonaro) nos manteria amarrados a uma radicalização política que está afundando o país e em que todos perdem, sobretudo os mais pobres.

Fonte: Flávio Lúcio
Créditos: Flávio Lúcio