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CASO GEFFESON MOURA: Família do Jovem diz que a polícia não traz o ‘papel da verdade’ e exige uma explicação: “Os fatos não batem, nada esclarecedor” - OUÇA

Geraldo Quirino tio e advogado da família, de Geffeson de Moura Gomes, morto pela Polícia Civil de Sergipe em operação na Paraíba, falou sobre a morte do sobrinho, em contato com a reportagem do Polêmica Paraíba, ele contou que a polícia não adiantou nada sobre a investigação, “como se não soubessem de nada”.  E fala sobre um áudio do delegado de Patos.

“Um áudio que tem do delegado da delegacia de Homicídio de Patos não é nada esclarecedor, um áudio que não traz o papel da verdade, eu estive na delegacia de Santa Luzia e não me adiantaram absolutamente nada, eles estavam parecendo que não sabiam de nada… a gente chegou na delegacia e eles estavam atônitos, como não tivesse acontecido nada.

“Quando a gente começou a conversar com o escrivão, o escrivão não sabia de absolutamente de nada, a gente ficou um bom tempo na delegacia de lá e não tivemos esclarecimentos,” destaca.

Geraldo Quirino ressaltou que espera que o crime seja esclarecido o mais rápido possível.

“O estado da Paraíba do nosso ponto de vista deve esclarecer isso, a corregedoria da Polícia Civil,  o pessoal da Segurança Pública do Estado tem a obrigação e o dever de esclarecer esse crime bárbaro que aconteceu”, ressaltou.

 

OUÇA:


RELEMBRE

O caso aconteceu na noite de quarta-feira  (17) no município paraibano de Santa Luzia. Ele foi abordado pela Polícia Civil de Sergipe, teria reagido, e o delegado sergipano Osvaldo Resende Neto atirou. Geffeson Moura foi deixado sem vida na porta de um hospital em Santa Luzia.

De acordo com o Delegado de Polícia Civil da região de Patos, Gaudêncio Neto, o delegado de Sergipe que estava à frente da operação se apresentou de forma espontânea entregando sua arma e uma outra arma, que segundo ele estava dentro do veículo de Geffeson.

O delegado de Patos disse que todas as perícias já foram requisitadas e boa parte delas já foram feitas e também afirmou que as pessoas envolvidas foram ouvidas pela delegacia de homicídio do município.

Gaudêncio Neto afirma que a Polícia Civil da Paraíba entrou no caso instaurando um inquérito contra as ações da Polícia de Sergipe com o objetivo de esclarecer os fatos para chegar a um resultado esclarecedor.

A Polícia Civil de Sergipe emitiu a seguinte nota em relação à morte de Geffeson Moura.

Confira na íntegra

Nota

A Polícia Civil de Sergipe informa que foi deflagrada uma operação no final da noite desta terça-feira, 16, na cidade de Santa Luzia, sertão da Paraíba, pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) a fim de tentar prender um grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas. Os policiais estavam há alguns dias em diversas partes do Nordeste do país monitorando a quadrilha com o intuito de cumprir mandados de prisão, expedidos pela Justiça de Sergipe.

Na altura da cidade de Santa Luzia, na Paraíba, no final da noite desta terça-feira (16), foi montado um bloqueio policial, onde vários veículos suspeitos foram parados. Os policiais se depararam com um homem em um veículo e na abordagem, o motorista identificado como Gefferson de Moura Gomes estava armado, esboçou uma reação e foi atingido, sendo encaminhado imediatamente para uma unidade hospitalar.

O veículo e a arma de fogo foram apreendidos e apresentados pelos policiais na Delegacia Plantonista da cidade de Patos/PB. Os policiais prestaram depoimento ao delegado plantonista e apresentaram a arma e o carro apreendidos. Também foi colocado à disposição da Perícia Criminal e da Polícia Civil da Paraíba as armas de fogo utilizadas pelos policiais civis sergipanos durante a ação.

A Polícia Civil de Sergipe disponibiliza desde as primeiras horas do desfecho da ocorrência todas as informações necessárias às autoridades paraibanas. Os relatos prestados pelos policiais civis sergipanos constam em inquérito policial que já foi instaurado para apurar a ocorrência. A perícia também foi acionada para realizar os exames nas armas de fogo e veículo.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba