carta de renúncia

Renúncia de Evo Morales pode ser rejeitada na Câmara, afirmam deputados da Bolívia

"Não se preocupem com o que está acontecendo porque é um show midiático e nada mais", informou o deputado Rubem Chambi, que prometeu que a Câmara vai desconhecer a carta de renúncia de Evo Morales

A autoproclamação da senadora Jeanine Añez como presidenta da Bolívia promete mobilizar deputados do MAS, partido de Evo Morales, a desconhecerem a renúncia apresentada pelo presidente boliviano na Câmara dos Deputados na quarta-feira (12). Confirmada a medida, a tomada de poder por Añez seria anulada.

O deputado Ruben Chambi declarou à TeleSUR que será convocada nesta quarta-feira, às 16h de La Paz [17h de Brasília], uma sessão na Câmara com o objetivo de declarar o desconhecimento da carta de renúncia apresentada pelo presidente Evo Morales e anular a autojuramentação feita pela senadora golpista.

“Amanhã, mais de dois terços vamos nos reunir e, por unanimidade, vamos rechaçar a carta de renúncia do presidente para que ele volte e reassuma todas as funções do Estado Plurinacional para levar adiante nosso processo de transformação. Não se preocupem com o que está acontecendo porque é um show midiático e nada mais”, informou Chambi em áudio.

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A autoproclamação

A senadora Jeanine Añez era a segunda vice-presidenta do Senado e tomou a presidência da casa legislativa após a renúncia dos demais senadores da Mesa Diretora, ameaçados pelo golpistas, que queimaram casas e sequestraram parentes de lideranças do MAS. Añez convocou sessão na tarde desta terça-feira, mas não garantiu, junto às Forças Armadas, a segurança de nenhum dos legisladores massistas.

Morales considerou a atitude de Añez como a consumação do “golpe mais astuto e desastroso da história”. “Uma senadora golpista de direita se autoproclama presidenta do Senado e depois presidente interina da Bolívia sem um quórum legislativo, cercada por um grupo de cúmplices e apoiada pelas Forças Armadas e pela Polícia que reprimem o povo”, declarou.

Golpe na Bolívia

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum