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Torcedor botafoguense acusado de injúria racial é liberado pela justiça

Diante do episódio de racismo, na noite dessa quarta-feira, contra a família do atacante flamenguista Vinicius Jr., o Tribunal de Justiça se pronunciou, em comunicado à imprensa, sobre o ocorrido.

Diante do episódio de racismo, na noite dessa quarta-feira, contra a família do atacante flamenguista Vinicius Jr., o Tribunal de Justiça se pronunciou, em comunicado à imprensa, sobre o ocorrido.

De acordo com a declaração, o torcedor acusado de fazer gestos pejorativos com o braço, apresentou uma versão diferente. Segundo ele, batia em seu braço para mostrar que tinha “o sangue do time”.

Dessa maneira, o juiz Luiz Alfredo decidiu pela sua liberdade provisória, destacando as medidas cautelares ao acusado. Ele não poderá sair do estado do Rio de Janeiro durante o processo e nem se apresentar aos jogos do Botafogo.

Além disso, eles também contam que o juizado foi completamente apoiado pela diretoria do clube, que repudia qualquer ato de racismo. Veja a nota na íntegra:

“O posto do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos registrou 11 ocorrências durante a realização do jogo Botafogo e Flamengo, pela Copa do Brasil, no estádio do Engenhão, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.

Segundo o juiz Luiz Alfredo Carvalho Júnior, de plantão no Juizado, foram diversos os crimes praticados pelos acusados, entre eles, desacato policial, cambismo, posse de entorpecentes e injúria racial. Neste caso, um rapaz que estava na arquibancada foi acusado de ofender por gestos e verbalmente a família do atacante Vinícius Júnior, do Flamengo, que ocupava um dos camarotes do estádio.

Após ser preso em flagrante pela polícia, o rapaz foi apresentado em audiência de custódia, realizada no próprio posto do Juizado do Torcedor. Ele não admitiu a acusação, alegando que batia no braço para mostrar que tinha sangue do time.

O juiz decidiu pela liberdade provisória, mas decretou o cumprimento de medidas cautelares ao acusado, que não poderá se ausentar do estado durante a tramitação do processo e nem frequentar os jogos do Botafogo, devendo se apresentar em uma delegacia de polícia. O processo vai tramitar em segredo de Justiça.

“Decidi pelo segredo de Justiça devido à comoção social gerada pela situação. O Juizado recebeu o apoio da diretoria do clube, que repudiou o comportamento deste rapaz. O Botafogo, assim como a administração dos clubes no Rio, tem demonstrado o seu apoio às ações do Juizado nos estádios durante a realização de eventos” – acentuou o juiz Luiz Alfredo .

Devido ao intenso movimento, o plantão do Juizado do Torcedor somente terminou às cinco horas desta manhã, dia 17. Todos os acusados levados à presença do juiz, promotor e defensor público que atuam no posto avançado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foram liberados, após o pagamento de uma transação penal, na maior parte, no valor de R$ 300,00. O juiz Luiz Alfredo determinou, ainda, que o comando do policiamento no estádio registrasse em BO um tumulto envolvendo integrantes da Torcida Fúria, do Botafogo, após o término no jogo, no entorno do Engenhão. Na ocasião, um casal foi detido por desacato e o registro da polícia foi incluído no relato do juiz sobre as ocorrências durante o jogo”.

Fonte: ESPN