90 anos

Morre Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol e condenado por corrupção

O ex-presidente da Conmebol cumpria pena domiciliar após ser um dos alvos do escândalo que ficou conhecido como Fifa Gate, que levou dirigentes a serem presos, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, após operação do FBI.

Morreu na noite da última quarta-feira (28), em Assunção (Paraguai), Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, aos 90 anos. O dirigente paraguaio marcado por um gestão repleta de corrupção completaria 91 anos no próximo dia 10 de setembro.

A informação foi noticiada pela imprensa paraguaia e confirmada por dois dirigentes da cúpula atual da confederação sul-americana.

De acordo com o jornal guarani ABC, ele sofreu um ataque cardíaco após complicações de saúde e morreu em prisão domiciliar, em um hospital que era seu, na capital paraguaia.

Leoz foi presidente da Liga Paraguaia de Futebol de 1971 a 1973 e de 1979 a 1985. Em 1986, assumiu a presidência da Conmebol. Acabou reeleito cinco vezes no cargo. Em 2012, o dirigente anunciou que seu posto era vitalício por um acordo estabelecido em 1997. Porém, se afastou por motivos de saúde e deixou a entidade em 2013.

Leoz também foi um dirigente influente na Fifa. Em 1998, ele se tornou membro executivo da entidade, mas deixou a Fifa após acusações de corrupção a partir de 2010. Ele foi acusado de ter vendido seu voto para a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022.

O ex-presidente da Conmebol cumpria pena domiciliar após ser um dos alvos do escândalo que ficou conhecido como Fifa Gate, que levou dirigentes a serem presos, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, após operação do FBI.

A gestão de Nicolas Leoz à frente da Conmebol foi marcada por escândalos, falta de transparência e desvios que superaram a casa dos 100 milhões de dólares – mais de R$ 400 milhões em valores atuais.

Fonte: UOL
Créditos: UOL