Casa nova

Diretoria do flamengo garante que novo estádio será confortável, mas sem luxos

Duas semanas depois de anunciar a assinatura de termo de opção de compra de terreno de 160 mil metros na Avenida Brasil, o Flamengo se debruça em estudos para o avanço do projeto. São reuniões quase que diárias para contratações de empresas e consultorias que vão ajudar o clube a analisar se compra ou não o local para a construção do estádio próprio.

Mas uma premissa não sai da ótica do Flamengo, garantem os dirigentes: a viabilidade financeira do projeto e a sustentabilidade do clube. Em outras palavras, como disse o vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, em entrevista ao GloboEsporte.com, o clube não vai dar um passo maior que as pernas. Não vai comprometer o presente ou o futuro do Flamengo para realizar o sonho do estádio próprio.

– Sem sombra de dúvida, essa é uma das maiores preocupações (endividamento). Se o projeto caminhar, o prisma do negócio é endividar-se o mínimo possível. Não pensamos em arena de Copa. O estádio é para a torcida, com arquibancada vertical colada ao campo. Queremos conforto, mas sem luxo. Tudo gastando o mínimo possível, com muito rigor – disse Wrobel.

O Flamengo tem 120 dias para definir se compra o terreno. Por enquanto, afirma Wrobel, não houve nenhuma novidade sobre nova licitação do Maracanã ou qualquer sinal do governo sobre a reabertura da concessão do estádio. O projeto acústico na Gávea não está totalmente descartado, mas é um plano B, está em modo de espera – caso o clube não compre o terreno ao Grupo Peixoto de Castro (GPC).

Wrobel não confirma os valores – há cláusula de confidencialidade -, mas o preço já acordado – e que teria que passar numa segunda fase por conselhos do Flamengo – é abaixo de R$ 80 milhões para a compra do terreno. Custo bem inferior ao levado para leilão, de R$ 157 milhões. A estimativa é que o Flamengo gastaria mais de R$ 400 milhões no total.

– Estamos com arquitetos, consultores, fazendo análises ambientais, urbanísticas, de legislação, de eventual contaminação. Todas essas questões, solo, sondagem, topografia… Passando essa etapa, vamos ao business plan (plano de negócios), em dois meses teríamos isso definido para então levar aos conselhos – explicou o vice-presidente do Flamengo.

A diretoria do Flamengo espera definir todas as pontas do projeto em até três meses e meio. Ou seja, antes do prazo final de opção de compra. A dona do terreno já havia entregue alguns estudos prelimares, mas o clube optou por fazer análise própria minuciosa.

– Não faremos loucura. Estudamos diversos projetos dentro e fora do país, conhecemos erros e acertos em todos estádios. Nossa linha é pé no chão – afirmou o dirigente rubro-negro.
Créditos: GloboEsporte