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Comissão da ONU pede que Rússia combata racismo de neonazistas no esporte

Uma comissão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à Rússia nesta segunda-feira que intensifique os processos contra ataques racistas cometidos por ultranacionalistas e neonazistas e contra discursos de ódio proferidos por políticos

GENEBRA (Reuters) – Uma comissão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à Rússia nesta segunda-feira que intensifique os processos contra ataques racistas cometidos por ultranacionalistas e neonazistas e contra discursos de ódio proferidos por políticos.

As autoridades russas precisam intensificar medidas para “combater vigorosamente o comportamento racista nos esportes, particularmente no futebol, e fazer com que os órgãos reguladores esportivos investiguem manifestações de racismo, xenofobia e intolerância”, disse o Comitê das Nações Unidas contra a Discriminação Racial (Cerd, na sigla em inglês). Multas e sanções administrativas deveriam ser impostas em tais casos.

A comissão, referindo-se “à próxima Copa do Mundo (de 2018), expressa seu receio de que as demonstrações de racismo continuem profundamente enraizadas entre os torcedores de futebol, especialmente contra pessoas pertencentes a minorias étnicas e pessoas de descendência africana”.

A Rússia prometeu reprimir o racismo e a violência de torcedores, já que é alvo de uma atenção crescente antes de sediar o Mundial no próximo ano.

O Spartak Moscou, campeão da liga russa, e seu rival Dynamo Moscou receberam uma multa equivalente a 4.250 dólares cada devido ao comportamento racista de suas torcidas, disse a União Russa de Futebol no mês passado.

Os 18 especialistas independentes, que analisaram o histórico da Rússia e de sete outros países durante uma sessão concluída na sexta-feira, emitiram suas conclusões nesta segunda-feira.

Igor Barinov, diretor da Agência Federal de Assuntos Étnicos da Federação Russa, disse à comissão no dia 4 de agosto que Moscou adotou medidas contra a propagação de ideias racistas.

Fonte: Extra