The Drag Series: projeto retrata 13 queens brasilienses

Existe um teste que diz: cite 10 drag queens da sua cidade ou região. Se você não é capaz de fazer isso, você não é fã dessa arte, apenas gosta de RuPaul’s Drag Race. O fotógrafo Fernando Cysneiros te dá uma chance de apoiar as rainhas locais com o projeto The Drag Series.

Após se formar em publicidade, ele decidiu criar um espaço para “catalogar” o máximo de imagens da produção da arte drag queen. Primeiro, em Recife, depois, em outras capitais. O Instagram do trabalho já conta com mais de 45 mil seguidores.

Fernando é fotógrafo de moda. A sua ideia para expor toda a extensão da arte drag foi fotografá-las apenas com um fundo branco. Essa era a forma mais eficiente (e simples, já que ele viaja a trabalho com regularidade) para destacar todo o empenho do artista em frente à sua lente.

Em suas viagens, começou a organizar sessões de fotos de queens em diversos locais, como São Paulo, Paris e Vancouver.

Em Brasília, numa correria de dois dias, contando com o apoio da boate Victoria Haus, Cysneuros fotografou 13 drags: Di Vina, Dita Maldita, Mary Gambiarra, Carrie Myers, Melina Imperia, Naomi Kahlo, Pietra, Pikineia Minaj, Mika DG, Mia Massi, Naomi Leakes, Xantara Thompsom e Oriana Loll.

Além de drags celebradas no Brasil, como Pabllo Vittar e Glória Groove, a série também já teve participação de queens que são mulheres trans e cis, como Striperella, e uma artista surda chamada Kitana Dreams.

Cysneiros diz que ainda tem vários lugares para fotografar, como Porto Alegre, Florianópolis e estados do Norte. Qual diva ela sonha em clicar? Márcia Pantera, primeira musa de Alexandre Herchcovitch – se você não sabe quem ela é, repense sobre a pergunta inicial do texto e procure no Google. É paixão garantida.

Para participar do projeto é preciso se inscrever no site. É por meio dele que Fernando organiza suas viagens e encontra as drags.

As fotos de Cysneiros expõem uma verdade. Seu olhar, de quem trabalha com moda, vê a explosão fashion dos looks. Como eles elevam à categoria de arte uma coisa tantas vezes vista como supérflua.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles