Sérgio Reis agora é federal

Aos 74 anos, o cantor sertanejo Sérgio Reis fez sua estreia, ontem, como deputado federal. Os mais de 1,5 milhão de votos alcançados pelo ex-deputado Celso Russomano (PRB-SP) arrastaram o músico paulista, que obteve 45.330 votos, para a Câmara dos Deputados. No mundo artístico passa a dividir as atenções com o colega de outra área, o palhaço Tiririca (PR-SP), reeleito com mais de 1 milhão de votos.

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Aos 74 anos, o cantor sertanejo Sérgio Reis fez sua estreia, ontem, como deputado federal. Os mais de 1,5 milhão de votos alcançados pelo ex-deputado Celso Russomano (PRB-SP) arrastaram o músico paulista, que obteve 45.330 votos, para a Câmara dos Deputados. No mundo artístico passa a dividir as atenções com o colega de outra área, o palhaço Tiririca (PR-SP), reeleito com mais de 1 milhão de votos.

Numa entrevista exclusiva ontem a este blogueiro, apresentado por este blogueiro, o cantor disse estar consciente sobre o desafio que terá pela frente. “O grande problema é que tem muita gente que está no poder e esquece que está representando um grupo de pessoas, uma nação. E daí eles só se preocupam em ganhar benefícios. Eu tenho nojo disso”, afirmou.

Ele contou que dispensou os serviços de aluguel de apartamento, carro e manobrista. “Meu carro eu mesmo vou dirigir. Para que eu vou precisar de uma manobrista? Eu só quero fazer o meu trabalho e voltar para casa”, afirmou. O deputado-cantor disse também que não fará discurso para as paredes.

“Se não tiver quem ouça, não falo”, ameaçou. Na sua cabeça, muitos projetos. Quer investir em hospitais e também beneficiar os aposentados. “O público tem tanto carinho por mim. Eu quero tentar fazer algo para retribuir. Por isso, resolvi aceitar entrar na política”, afirmou, adiantando que vai conciliar a agenda política com a carreira de cantor. “Eu não abro mão da música, de jeito algum.”

Outros nomes ligados às artes não tiveram a mesma sorte de Sérgio Reis nas urnas. Candidato à reeleição, o deputado e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ), que teve seu nome associado ao contraventor Carlinhos Cachoeira, há dois anos, não conseguiu se reeleger. O pagodeiro Netinho (PCdoB-SP) teve mais de 82 mil votos, mas não se elegeu.

A cantora Sula Miranda (PRB) também fracassou na tentativa de alcançar um mandato. Ex-deputado federal e ex-vereador, Aguinaldo Timóteo (PR-RJ) bem que tentou voltar a Brasília. Mas não foi desta vez. Com menos de 19 mil votos, continuará distante da capital federal. Outras “celebridades” também fracassaram nas urnas.

Candidato a deputado federal, o ex-vencedor do Big Brother Brasil Diego Alemão (PV-RJ) não repetiu o sucesso de Jean Wyllys (P-Sol-RJ), que também havia conquistado uma edição do BBB antes de se eleger pela primeira vez, em 2010. Diego recebeu menos de cinco mil votos.

O cirurgião plástico Dr. Rey (PSC-SP), também conhecido como Dr. Hollywood, pelo programa que apresenta na Rede TV, também não se elegeu. Agora desassociado da imagem de ex-BBB e reconhecido como uma das principais lideranças do movimento LGBT no país, Jean Wyllys foi reeleito com 144.770 votos, dez vezes mais do que a votação obtida quatro anos atrás.

Tetracampeão mundial de futebol e melhor jogador do mundo em 1994, Romário virou senador pelo PSB do Rio depois da experiência na Câmara dos Deputados. E, agora, vai desfilar pelo Salão Azul, do Senado. Quem demonstrou ser bom de voto foi o goleiro Danrlei de Deus (PSD), que fez sucesso no Grêmio. Teve 158.973 votos, segundo mais votado de toda a bancada gaúcha.