pulando a cerca

Relacionamentos simultâneos: elas contam o que as levaram a trair e o que aprenderam ao ter um amante

Nem todas se arrependem de terem traído, mas todas aprenderam algo ao se envolverem com outra pessoa, mesmo estando em um relacionamento monogâmico

Por um tempo, elas levaram dois relacionamentos simultâneos. Cada ação teve uma reação diferente. Nem todas se arrependem de terem traído, mas todas aprenderam algo ao se envolverem com outra pessoa, mesmo estando em um relacionamento monogâmico.

Eu me sentia sozinha no meu namoro, mas não pensava em trair, foi algo que aconteceu. Um rapaz que eu conheci quando tinha 12 anos reapareceu. Eu gostava muito dele na época da escola e o sentimento permaneceu durante os anos. Conversamos por alguns dias e, quando vi, ele estava me buscando no trabalho. Até que um dia rolou de ficarmos. Comecei a sair todos os dias com ele. Eu falava para o meu namorado que estava na aula e saía com o outro rapaz. Eu o via de segunda a sexta e o meu namorado de fim de semana. Dava para conciliar numa boa. Foram dois meses assim. Até que a situação começou a me fazer mal. Por uma carência minha, eu traí e usei outro menino. Resolvi contar para o meu namorado –não disse que transei ou conheci a família dele, apenas que ficamos. Ele ficou triste, mas entendeu meu lado. Eu pedi desculpas. Demorou um pouco para relação voltar ao normal, para construir uma confiança novamente, mas com o tempo foi ficando tranquilo. Tirei uma lição boa, não é porque estamos num momento ruim que devo recorrer a outra pessoa, tenho que resolver com o meu parceiro. Hoje, falo tudo que eu sinto e a nossa relação melhorou muito.” Mirian, 22, estudante

“Num fim de semana decidi ir até a praia e esse cara tava lá e perguntou se o amigo que estava comigo era meu namorado, bem na cara de pau. Eu disse que não. Conversa vai, conversa vem, acabamos trocando telefones. Conversamos por uns dias e eu chamei ele para a festa na casa de um amigo. Chegando lá, tinha piscina. Quando fui me trocar, chamei o boy para ir no quarto comigo. Ele entrou, trancou a porta, peguei o biquíni da bolsa e comecei a tirar roupa. Quando vi, já estávamos nos beijando e o clima esquentou. Foi o primeiro beijo e a primeira vez ao mesmo tempo. Foi maravilhoso. Eu namorava há dois anos e meu namorado morava longe da minha casa, o que dificultava ele descobrir algo. Quando estávamos juntos, eu dava total atenção a ele. Eu só caí na real de que o que eu estava fazendo não era certo ao conversar com uma amiga. Acabei contando para o meu namorado. Foi bem ruim, ele não aceitou e disse que achava melhor a gente terminar. Fiquei mal. Percebi o erro que eu tinha cometido e não quis ficar mais com o outro também. Depois disso, nós já conversamos de voltar, mas acho difícil, porque a confiança acabou.” Deyse, 18, operadora de caixa

“Entrei na faculdade e, no primeiro dia de aula, conheci ele, que era meu veterano. Começamos a conversar, ficamos bem próximos, até que acabamos ficando. Rolavam uns flertes. Eu namorava há dois anos com meu primeiro namorado, com quem perdi a virgindade. No começo, era tudo uma adrenalina, eu adorava aquela sensação ao ter que fazer tudo escondido. A gente tinha uma química incrível, parecia que uma corrente elétrica percorria meu corpo toda vez que estava com ele. Eu não acho que somos feitos para ficar com uma pessoa só, mas tentamos. Só que, às vezes, balançamos por outros, porque o nosso desejo não é limitado a uma pessoa durante toda a vida, e nem o amor. Prova disso é que quando eu terminei o meu caso com esse amigo da faculdade, fui traída pelo meu então namorado. O meu ex e a menina acabaram se casando e eu fui madrinha de casamento deles. Se a traição é um problema na relação, a própria relação não é boa, porque presume que você vai ter que anular um lado humano muito forte. Como a gente pode dizer que trair é errado, se para estar somente com uma pessoa somos obrigadas a trair a nós mesmas?” Julia,. 27, historiadora

“Foi no meu novo emprego que conheci esse cara. Desde o primeiro dia, ele demonstrou muito interesse e comentou com o pessoal que estava interessado em mim. Como ninguém sabia que eu namorava, passaram meu número para ele e começamos a conversar. Depois, a almoçar juntos, ir embora juntos e a sair depois do trabalho. Em uma dessas, ficamos. Eu amava muito meu namorado e não pretendia tornar aquilo algo sério, mas, como trabalhávamos juntos, nos víamos todos os dias. Comecei a gostar muito dele. Eu ia para casa dele depois do serviço e dormíamos juntos. Era algo que eu não tinha mais no outro relacionamento. Era fácil de lidar com a vida dupla. Como eles eram de círculos de amizades diferentes, não era perigoso. Mas eu me sentia culpada por enganar duas pessoas que eu amava de jeitos diferentes. Decidi terminar com o namorado e ficar com o outro, que me dava tudo o que eu precisava e mais um pouco. Estou com ele até hoje. Embora tenho sido uma coisa que eu não gostei de fazer, tirei uma boa lição disso tudo: não devo aceitar pouco e qualquer coisa. Sempre haverá alguém para me dar o que eu realmente mereço.” Leila, 22, auxiliar de enfermagem

Fonte: Bool
Créditos: Bool