Arte

No Dia Mundial da Poesia, Bráulio Bessa, do ‘Encontro’, conta como sua arte muda vidas -VEJA VÍDEO

Quanta comoção um texto sensível, declamado de maneira doce e simples, é capaz de causar? No caso de Bráulio Bessa, a emoção tem via de mão dupla: se costuma arrancar lágrimas dos telespectadores do “Encontro com Fátima Bernardes”, às sextas-feiras, durante o “Poesia com Rapadura”

Quanta comoção um texto sensível, declamado de maneira doce e simples, é capaz de causar? No caso de Bráulio Bessa, a emoção tem via de mão dupla: se costuma arrancar lágrimas dos telespectadores do “Encontro com Fátima Bernardes”, às sextas-feiras, durante o “Poesia com Rapadura”, o cearense também se mostra extremamente tocado ao comentar as histórias de superação alheias provocadas por sua arte.

 A verdade é que o poeta chora escondido… Recebo, todos os dias, vídeos de crianças apresentando meus textos em saraus na escola; idosos que redescobriram o prazer da leitura depois de décadas sem pegar num livro; gente que desistiu de suicídio porque foi arrebatado por uma mensagem minha… Uma pessoa me contou que, logo depois de receber o diagnóstico de câncer, saiu do consultório médico abalada e, ainda na sala de espera, me assistiu declamando “Recomece” (um de seus textos mais famosos, veja abaixo) na TV. Ela me disse: “Foi a oração mais bonita que já ouvi na vida” — conta Bráulio, que tem muito a celebrar neste 21 de março, Dia Mundial da Poesia: — Meu sonho sempre foi transformar as pessoas através da poesia, como Patativa do Assaré fez comigo, quando eu tinha 14 anos. É a minha causa, a minha missão, assim como divulgar a cultura nordestina.

Nessa empreitada, o escritor encontrou uma parceria e tanto, há três anos.

— Acho a cultura nordestina muito rica. A dança, a música, o repente, os cordéis, a culinária… Fico feliz de poder dar visibilidade a ela com a ajuda dessa parceria com o nosso poeta — afirma a apresentadora Fátima Bernardes, confessando-se uma jornalista não tão hábil assim com as palavras: — Não tenho nenhum talento para escrever poesias e, por isso, fico fascinada com o modo como ele toca nossos corações.

Logo em sua primeira participação no “Encontro”, Bráulio, de 32 anos, sentiu-se totalmente em casa.

— Já cheguei chamando Fátima de Fatinha… Sou matuto, mas não sou besta (risos) — brinca ele, admirado com a fama adquirida: — Minha mulher diz que esqueço que sou famoso. Nunca vi poeta ser assediado nas ruas! Se saio com meu chapeuzinho, então… Até em Nova York, de férias, fui parado pelos fãs para fazer selfie!

Bom de memória?

Bráulio costuma fazer seus textos para o “Encontro” no hotel, na noite anterior do “ao vivo”: “Escrevo na quinta à noite, decoro pra sexta de manhã e no sábado eu já esqueci”, conta ele.

dolo dos ídolos

“Tem artista que pede para participar do programa no dia em que eu vou estar. Foi o caso de Milton Nascimento, que me convidou para um churrasco na casa dele! E o Fagner, que é um ídolo? Fiquei ensaiando me aproximar do cara, e ele me desmontou, dizendo que era meu fã!”

Novo livro no forno

De Alto Santo, cidade do interior do Ceará com 18 mil habitantes, Bráulio já chegou a palestrar para 8 mil pessoas. Em agosto, lança seus segundo livro, “Poesia que transforma”: “Serão 30 poesias intercaladas com comentários meus e depoimentos de gente a quem eu fiz o bem”.

 

https://www.youtube.com/watch?v=kXfBAl855sE

Fonte: Extra
Créditos: Extra