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Mônica Martelli: 'Ser feminista é uma postura diária'

A atriz discute feminismo, relacionamentos e a inspiração por trás de sua mais nova peça, em cartaz na cidade neste sábado e domingo.

Os dilemas de uma mulher à beira de uma crise conjugal marca a peça Minha Vida em Marte, estrelando Mônica Martelli. O espetáculo estreia em Brasília no Teatro Unip (913 Sul), neste sábado (10/3) e domingo (11).

Na trama, Fernanda, agora com 45 anos, está casada, com uma filha de 5 anos e à procura de respostas para a sobrevivência do seu casamento. O monólogo bem-humorado toca ainda em temas como traição, machismo, trabalho duplo da mulher e educação dos filhos.

Mônica Martelli é a criadora e intérprete da peça Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou, montagem que em 12 anos já foi vista por mais de 2,5 milhões de espectadores e virou filme. A atriz participa , ainda, do programa Saia Justa, ao lado de Pitty, Astrid Fontenelle e Gaby Amarantos.

Em entrevista ao Metrópoles, Martelli afirma que sempre carrega suas experiências para o palco. “Escrevo o que vivo e sinto. Acho que o sucesso da peça é a verdade em cena. A identificação é imediata”, disse. As discussões do Saia Justa também entram no texto do espetáculo. “Tudo que a gente debate ali me faz pensar e questionar o mundo diariamente e me ensina a ser uma pessoa melhor”.

“Aconteceu uma tomada de consciência do papel da mulher na sociedade. A mulher hoje começa a saber de seus direitos e batalhar por eles”, diz Martelli

Na peça anterior, Os Homens São de Marte… E é pra Lá que eu Vou, a personagem Fernanda aparenta abrir mão da própria personalidade para se adequar aos pretendentes. Quanto a isso, Mônica diz que “um dos grandes conflitos da personagem é que ela é dona de si demais. E por mais que tente se adequar, no fundo, quem dá as cartas é ela”.

Sobre o empoderamento feminino, Mônica acredita que as discussões mexem com as relações de poder da sociedade. “A personagem é feminista porque vai de encontro aos seus desejos. A Fernanda luta pelo casamento, mas não atura tudo em nome de um projeto família feliz. Ser feminista é uma postura diária”.

https://vimeo.com/217711251

Fonte: Metrópoles
Créditos: Raquel Martins Ribeiro / Clarice Rosa e Silva