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Maisa deixa de lado a 'boa menina' para viver sua primeira vilã no filme 'Ela disse, ele disse'

Conhecida por seu posicionamento a favor do feminismo e da diversidade, Maisa afirma que interpretar a personagem com um jeito oposto ao seu é desafiador.

Maisa é superpopular. A atriz, de 17 anos, desde os 5 apresenta programas de TV e tem 27 milhões de seguidores só no Instagram. Apesar da quantidade de pessoas que a acompanham, a jovem tenta usar sua influência de forma positiva. Por isso, teve que se preparar bastante para interpretar a antagonista Júlia em “Ela disse, ele disse”, adaptação para o cinema do livro homônimo de Thalita Rebouças. No filme ela é uma espécie de “Regina George brasileira’’, do famoso longa “Meninas Malvadas’’: aquela vilã que parece ser amiga, mas depois vira um transtorno na vida da mocinha Rosa (Duda Matte).

Com uma pegada cômica, a personagem foi bem recebida pelo público e Maisa tem recebido mais mensagens de pessoas que brincam com o fato de Júlia escrever e falar errado. Além de pouco inteligente, a moça é descrita como fútil e “a menina do peitão”.

Conhecida por seu posicionamento a favor do feminismo e da diversidade, Maisa afirma que interpretar a personagem com um jeito oposto ao seu é desafiador.

— É uma mensagem muito diferente de tudo o que eu prego, mas essa é a vida do ator. A gente conta histórias por um ponto de vista que não é o nosso. O papel veio num momento legal. Já estou um pouquinho mais velha, mais madura. É uma oportunidade de experimentar coisas novas.

O bullying é um dos assuntos tratados no filme, e Maisa conta que sentiu um pouco disso na pele, por conta do quadro “Malisa, Menina Monstro”, do extinto programa “Pânico”, em que o humorista Eduardo Sterblitch tirava sarro do jeito dela.

— Ouvi piadas, mas como não levei para o lado pessoal, não sofri de fato.

No filme, Júlia parece se importar mais com sua imagem nas redes do que na vida real. A atriz, no entanto, diz que nunca buscou isso.

— Eu não gosto de tratar os meus seguidores como fãs, com uma distância muito grande. Gosto de mostrar quem eu sou de verdade, mostrar meu dia a dia. Tento espalhar mensagens positivas pela internet para fugir dessa vibe negativa de xingamentos e de ódio que já tem bastante.

Beijaço do amor

Apesar de ser um filme para o público adolescente, “Ela disse, ele disse” toca em assuntos que já causaram discussão recentemente. Na história, para evitar a expulsão dos colegas, os alunos se juntam numa campanha do amor e promovem um grande beijaço. Maisa, porém, diz que não percebeu reação negativa à cena.

— As pessoas gostaram bastante e acharam natural, como tem que ser. Afinal de contas, isso acontece na adolescência. As pessoas se descobrem, se apaixonam, se beijam sem a menor distinção. Eu acho que entre os adolescentes tem até menos preconceito do que entre as pessoas mais velhas com relação à sexualidade — pontua Maisa, que conclui: — A mensagem não é sobre beijo e sexualidade, mas sobre amizade. Foi para ajudar os amigos.

Fonte: Extra
Créditos: Extra