Mãe entrega o filho, que confessou ter matado médico de UPA

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A mãe de um dos adolescentes suspeitos de participação na morte do médico Helder Dias da Costa Tomé Junior, de 35 anos, assassinado durante um assalto na noite do último dia 8, após deixar o trabalho na UPA de Irajá, entregou o filho à polícia nesta sexta-feira. Segundo o “RJTV”, da Rede Globo, o jovem de 15 anos confessou o crime na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Além disso, denunciou seu cúmplice, um rapaz de 16 anos, que também já foi apreendido.

A polícia já tinha imagens de câmeras de segurança que registraram o crime, mas a identificação dos culpados não tinha sido feita. A mãe levou o adolescente à delegacia após saber, pela filha, que o jovem estava envolvido no crime. Ela disse que estava entregando o filho para que a polícia cuidasse dele.
– A mãe disse que, disposta a fazer justiça, procurou a Polícia Civil, informando que o filho teria confessado a ela o envolvimento no crime – disse a delegada Marcela Ortiz, da DPCA.

Levados para a Divisão de Homicídios da capital, que apura a morte do médico, o adolescente disse aos policiais que o carro da vítima seria vendido por R$ 5 mil.

Não é a primeira vez que um médico da rede pública é assassinado próximo ao trabalho. Em outubro, o cardiologista Jorge Paula Guimarães foi baleado na cabeça numa suposta tentativa de assalto na Avenida Brasil, quando seguia num Honda Civic para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. Em 2012, a pediatra Sônia Stender foi encontrada morta com três tiros, após sair de um plantão no Hospital Getulio Vargas, na Penha.

Em dezembro, o Sindicato dos Médicos do Rio havia pedido ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o reforço do policiamento no entorno das unidades públicas de saúde nos horários de troca de plantão. Segundo o presidente da entidade, Jorge Darze, nas primeiras horas da manhã e da noite, profissionais de saúde ficam muito expostos à violência.