INTERNACIONAL: Diretor da Embratur Gilson Lira é destaque em Portugal

O paraibano Gilson Lira, diretor de Mercados Internacionais da Embratur, concedeu entrevista ao jornal Publiturius (publicação líder em Portugal de informação para profissionais do setor do Turismo), na qual fez um balanço positivo das atividades do Instituto Brasileiro de Turismo nos seus 48 anos de existência.

O paraibano Gilson Lira, diretor de Mercados Internacionais da Embratur, concedeu entrevista ao jornal Publiturius (publicação líder em Portugal de informação para profissionais do setor do Turismo), na qual fez um balanço positivo das atividades do Instituto Brasileiro de Turismo nos seus 48 anos de existência.

Gilson Lira também confirmou presença da Embratur na Feira Internacional de Turismo de Lisboa (BTL) em 2015.

“Continuamos a modernizar-nos e acompanhar as tendências do mercado. Por exemplo, temos vindo a apostar cada vez mais na comunicação digital, como já referi, e isso é uma estratégia que vamos manter. No momento, estamos aprovando o nosso planejamento para 2015 e, sem dúvidas, Portugal – um mercado-chave para a Embratur – estará incluído nas futuras ações de promoção”, disse.

“A Embratur marca presença na BTL há 12 anos consecutivos, o que demonstra que encaramos esta feira como bastante importante para a nossa promoção em Portugal. Devemos marcar novamente presença em 2015, mas ainda estamos a analisar de que forma estaremos presentes”, acrescentou.

Confira a integra da entrevista do paraibano ao Publituris abaixo:

Embratur celebra 48º aniversário com balanço positivo

Potenciar o crescimento do Brasil nos vários segmentos de mercado turístico é um dos principais objetivos do Instituto Brasileiro de Turismo. Gilson Lira, diretor de Mercados Internacionais da Embratur, explica-nos as pretensões da entidade.

Que balanço fazem destes 48 anos da Embratur?

O balanço é bastante positivo e animador. Em concreto, desde 2003, quando a Embratur passou a dedicar-se exclusivamente à promoção do destino Brasil no exterior, os resultados estão a ser muito positivos e estamos a crescer de forma consistente e consolidada.

Este ano foi um marco para o turismo brasileiro, com a organização da Copa do Mundo da FIFA 2014 – quando o Brasil recebeu um milhão de visitantes estrangeiros de 203 nacionalidades e, só em junho, entraram no país 589 milhões de euros em divisas. Também fomos além das expectativas de satisfação, com 95% dos turistas a pretender regressar ao nosso país noutra oportunidade.

Ainda conseguimos consolidar o Brasil no mapa dos destinos de eventos e, nos últimos dez anos, os congressos e convenções de negócios realizados no país registaram um aumento de 408%. Segundo os dados do ICCA (Internacional Congress and Convention Association), entre 2003 e 2013, o total de eventos passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que sediaram esse tipo de eventos subiu 145%, passando de 22 para 54.

É importante termos sempre presente que há vários segmentos de turismo para dinamizar e que o Brasil tem todas as condições para crescer em todos eles. E temos um Instituto de Turismo altamente empenhado em continuar a alavancar o número de viajantes internacionais interessados em conhecer as nossas praias, patrimónios, cultura e gastronomia.

Agora seguem-se os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Estamos focados neste megaevento e em continuar a mostrar o melhor do Brasil ao Mundo.

O que poderia ter sido feito de maneira diferente nestes últimos anos?

Acreditamos que fizemos as melhores escolhas no passado, de acordo com cada cenário apresentado e com nossas possibilidades no momento. Desta maneira, não há nada que podemos apontar como equivocado. De qualquer maneira, há um consenso da Embratur com o Ministério do Turismo de que mudanças precisam ser feitas para o futuro, que apresenta uma nova realidade.

Com os megaeventos realizados nos últimos dois anos e levando em consideração os que estão por vir, o Governo tem entendido cada vez mais a importância de se investir na promoção do Brasil e na expansão do turismo. Atualmente, temos um modelo autárquico que começa a dificultar e atrasar o processo de fechar novas parcerias e promoções conjuntas. Por este motivo, vislumbramos a necessidade de um novo modelo de gestão, que tem sido discutido e desenhado nos últimos meses. Queremos inovar e essa mudança deve potencializar o trabalho feito pela Embratur.

– 6 milhões de turistas internacionais ainda é um número muito tímido para o potencial turístico do Brasil, apesar do mercado interno ser o seu forte. O que pretendem fazer para aumentar o mercado internacional? Quais as metas para 2015?

Seis milhões foi o número registado em 2013, o mais alto de nossa história. Sabemos que, por ser um país de dimensão continental e com uma beleza única, o nosso potencial é muito maior. A nossa pretensão é continuar a aumentar o número de turistas estrangeiros de maneira contínua. Esperamos crescer entre 5% e 10% ao ano após a Copa do Mundo, chegando a 10 milhões de turistas até 2020.

Para conseguir isso, vamos seguir investindo no turismo intrarregional. Os países latino americanos, nossos vizinhos, estão a atingir uma quota cada vez mais significativa na entrada de turistas no Brasil. Entre os 15 países que mais enviaram turistas ao Brasil durante o Mundial de futebol, a maior parte das pessoas era da América Latina.

Em 2015, reforçaremos a nossa estratégia de promoção nos mercados-chave de um modo geral, seja através de presença em feiras, campanhas e de ferramentas digitais, que estão a ganhar importância nesta nossa estratégia e que já nos valeram vários prêmios.

Os efeitos da Copa vão continuar a ser sentidos gradualmente, assim como será nos Jogos Olímpicos, evento que antecipamos trazer para o Brasil perto de 380 mil turistas estrangeiros. O desporto inclusive será utilizado em 2015 como plataforma turística para divulgar novos destinos brasileiros.

Como exemplo, temos os Jogos Mundiais Indígenas (JMI), que acontecerão em Palmas (Tocantins), em setembro de 2015, e que estão no calendário de ações de promoção do Brasil. Esta representa mais uma oportunidade para divulgar outros segmentos turísticos, como o ecoturismo e o turismo de aventuras, além de mostrar a nossa diversidade ao mundo.

– No próximo ano, que campanhas vão lançar para o mercado internacional? E especificamente para o mercado português?

Na Embratur, continuamos a modernizar-nos e acompanhar as tendências do mercado. Por exemplo, temos vindo a apostar cada vez mais na comunicação digital, como já referi, e isso é uma estratégia que vamos manter. No momento, estamos aprovando o nosso planejamento para 2015 e, sem dúvidas, Portugal – um mercado-chave para a Embratur – estará incluído nas futuras ações de promoção.

– Vão participar na BTL 2015? Que produtos/destinos vão promover em concreto?

A Embratur marca presença na BTL há 12 anos consecutivos, o que demonstra que encaramos esta feira como bastante importante para a nossa promoção em Portugal. Devemos marcar novamente presença em 2015, mas ainda estamos a analisar de que forma estaremos presentes.

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