GREVE DOS PROFESSORES: Cartaxo ameaça cortar ponto e demitir recém-contratados

Diante do impasse com a categoria, a PMJP anunciou através de nota que pretende cortar o ponto dos faltosos, instaurar procedimento administrativos contra 1300 profissionais da Educação recém contratados através de concurso público e substituir todos os prestadores de serviço. De acordo com a PMJP, a gestão municipal tem se pautado pelo diálogo, mas, mesmo diante de determinação da Justiça pela volta ao trabalho, os grevistas ameaçam prejudicar o ano letivo de 60 mil alunos.

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A Prefeitura de João Pessoa resolveu radicalizar contra os professores da rede municipal de ensino que estão em greve desde o dia 16 de maio.

Diante do impasse com a categoria, a PMJP anunciou através de nota que pretende cortar o ponto dos faltosos, instaurar  procedimento administrativos contra 1300 profissionais da Educação recém contratados através de concurso público e substituir todos os prestadores de serviço.

De acordo com a PMJP, a gestão municipal tem  se pautado pelo diálogo, mas, mesmo diante de determinação da Justiça pela volta ao trabalho, os grevistas ameaçam prejudicar o ano letivo de 60 mil alunos.

Confira a nota da Prefeitura

Em virtude do movimento grevista na rede municipal de ensino, a Prefeitura Municipal de João Pessoa vem a público fazer os seguintes esclarecimentos:

1- a PMJP sempre pautou pelo diálogo por meio de reuniões sucessivas, inclusive com a presença do prefeito Luciano Cartaxo, debatendo todos os pontos reivindicados pela categoria;

2- mesmo diante das imposições feitas pelo movimento grevista, a PMJP garantiu reajuste salarial que mantém o nível de remuneração dos professores entre os melhores do Brasil e o segundo maior do Norte/Nordeste;

3- a PMJP apresentou proposta de retomada das negociações no mês de agosto, a fim de completar o percentual já concedido, desde que haja evolução positiva das receitas do FUNDEB;

4- mesmo com as propostas apresentadas e a decisão judicial que determinou a ilegalidade da greve, o movimento resolveu não retornar às aulas, colocando em risco o ano letivo de 60 mil alunos.

Diante desse quadro, a PMJP tomará as seguintes medidas administrativas:

1-apontar corte de freqüência para os efetivos;

2- instaurar procedimento administrativo para os efetivos em estágio probatório, uma vez que 1.300 profissionais da Educação foram contratados por concurso público há menos de dois meses;

3- substituir os prestadores de serviço.

Sendo assim, convocamos todos os professores a retornarem às salas de aula para cumprimento de decisão judicial e das atividades curriculares.

João Pessoa, 31 de março de 2015.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA