Recordar é viver

Ensaio de Vampeta para G Magazine completa 20 anos

Quebrar tabus, polemizar, fazer história. Essas foram as três vertentes da carreira de Marcos André Batista Santos, o popular Vampeta, como jogador de futebol.

Ex-jogador do Corinthians, que faz 44 anos nesta terça-feira (13), posou nu em 1998.

Quebrar tabus, polemizar, fazer história. Essas foram as três vertentes da carreira de Marcos André Batista Santos, o popular Vampeta, como jogador de futebol.

O ídolo do Corinthians e aniversariante desta terça-feira (13), data em que completa 44 anos, há duas décadas fez algo até então inédito para um atleta profissional: posou completamente nu para uma revista dedicada ao público gay — a G Magazine.

Em um trecho do livro Vampeta: memórias do Velho Vamp, o ex-atleta contou os bastidores de sua decisão, considerada ousada para a época, e até o valor que recebeu pelo trabalho.

“O Alex, que era dançarino do grupo Quebradeira, posou nu. Aí saiu um papo na rodinha em que a gente estava. Disseram que um jogador de futebol jamais teria coragem para isso. Na mesma hora falei: ‘Me dá 50, 80 mil reais que eu saio na hora’. Aí um cara que era dono, ou amigo do dono da revista pegou o talão de cheques e me deu. Peguei na hora, pois era três vezes mais do que eu ganhava por mês no Corinthians”.

O atleta lembrou, em outra passagem do livro, que o ensaio foi feito em um campo de futebol com uma produção superior a 10 pessoas. E que foi Edílson, seu ex-companheiro de Corinthians e de Seleção Brasileira, quem o levou.

Após a revista com Vampeta explodir em vendas, outros nomes do esporte brasileiro estamparam as páginas da G Magazine, casos do ex-goleiro Roger, do São Paulo, Dinei, também do Corinthians, e o velocista Robson Caetano. “Abri caminho para todo mundo.”

Cambalhotas de Vampeta no Planalto
O ensaio nu para a G Magazine não é a única história marcante na carreira de Vampeta. O jogador, que ganhou o apelido de maneira curiosa (amigos juntaram as palavras Vampiro e Capeta), surpreendeu após a Seleção Brasileiraconquistar o pentacampeonato mundial na Copa da Ásia, em 2002.

Recebidos pelo presidente da República (à época Fernando Henrique Cardoso) em Brasília, os jogadores têm como costume cumprimentar as autoridades, receber as medalhas e agradecer ao público.

Vampeta, no entanto, foi diferente. Muito diferente. O volante da seleção pentacampeã rolou, às cambalhotas, rampa abaixo do Palácio do Planalto, em uma quebra de protocolo jamais vista até então.

Em entrevista para o Esporte Espetacular, da Rede Globo, o ex-jogador confessou o que todos, no fundo, pareciam já saber: “Se a gente bebe sem ganhar, imagina sendo campeão do mundo. Eu estava bêbado. Claro que estava bêbado”.

Empresário Vampeta
Antes mesmo de se aposentar Vampeta demonstrava tino para ganhar (e guardar dinheiro). Além das economias faturadas com o ensaio para a G Magazine, o atleta aproveitou bem os bons salários no Corinthians para investir.

Vampeta foi dono de um bar-restaurante famoso por tocar músicas sertanejas, chamado Baluarte, investiu em uma casa de Pagode — Terra Brasil — e em um cinema na sua terra natal, Nazaré das Farinhas, na Bahia.

Hoje o ex-jogador divide seu tempo entre a presidência do Audax, clube de Osasco que disputa a primeira divisão do Campeonato Paulista, e os comentários na rádio Jovem Pan.

 

Fonte: Huffpost brasil
Créditos: Huffpost brasil