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Atriz de 'Tainá' se formou em moda e lança marca com arte indígena

Longe da mídia, Eunice se formou na faculdade de Moda há 3 anos e está criando sua própria marca com arte indígena, a "OKA".

Em 2001, a indiazinha Tainá tornou-se um dos rostos mais conhecidos do público. O filme “Tainá – Uma aventura na Amazônia” foi assistido por quase um milhão de pessoas e foi premiado no Brasil e em Chicago, nos Estados Unidos. A atriz protagonista Eunice Baía, então com 10 anos, se divertia durantes as filmagens mas se assustava com o assédio da imprensa e com a falta da privacidade, como a própria conta.

Longe da mídia, Eunice se formou na faculdade de Moda há 3 anos e está criando sua própria marca com arte indígena, a “OKA”. Ela planeja devolver desenhos em quadros, e em breve, acessórios e roupas. Além disso, está estudando o roteiro de uma filme que estrelará no ano que vem, e que ela ainda não revela o nome.

“A marca é sobre “raízes de uma paraense”, que sou eu mesma (risos). Estou fazendo arte. Quero fazer parcerias mais para frente com outras etnias e conhecer mais sobre os donos dessa terra Brasil. Ano que vem já está certo para eu fazer um filme, estamos conversando sobre roteiro. Estou me preparando para voltar com tudo! Me aguardem”, garante Eunice que aos 28 anos vive em São Paulo.

Mãe de Antônio, de 6 anos, Eunice conta que o menino é um dos seus maiores fãs e já assistiu todos os filmes da franquia “Tainá”.

“Ele ama dizer que a mãe dele é a Tainá! Fica orgulhoso”, conta a designer e atriz que vê no filho sua veia para o mundo das artes: “Ele vai ser um artista”.

Apesar da pouca idade durante as filmagens, Eunice se recorda das brincadeiras nos bastidores.

“Tenho bem pouco contato com o pessoal do elenco do filme. Mas os produtores viraram meus padrinhos e a assistente de direção virou minha mãe adotiva. Eu ficava vendo os figurinos que ela produzia e comecei trabalhando com isso, foi daí que veio a vontade de fazer a faculdade de moda”, conta Eunice.

Eunice é descendente de índios da tribo Baré e teve que aprender arco e flecha e palavras em tupi-guarani para dar vida à Tainá. Longe da personagem que a consagrou, ela se assusta com a falta de debates sobre a importância da cultura indígena na atualidade:

“Acho que estão esquecendo dos índios. E somos um povo com uma cultura tão linda e tão sagrada! Tem que ser levado isso para frente, não ser extinto”.

 

 

Fonte: Extra
Créditos: Extra